Garantia dada por Maria Empis, Head of Residential da JLL Portugal, e partilhada por outros especialistas do setor imobiliário.
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Flex Living em Portugal
Maria Empis, Head of Residential da JLL Portugal Créditos: Gonçalo Lopes | idealista/news

A edição de 2025 do Salão Imobiliário de Portugal (SIL) arrancou esta quinta-feira (10 de abril de 2025), em simultâneo com a Tektónica, com uma conferência dedicada aos novos modelos de habitar. “Há uma procura enorme de modelos alternativos”, revela Maria Empis, Head of Residential da JLL Portugal. Uma ideia, de resto, deixada pelos vários oradores que marcaram presença no evento, que decorreu na FIL, no Parque das Nações. 

Em causa estão conceitos como o Flex Living, o Coliving, as residências de estudantes, o Build to Rent (BtR, construir para arrendar em português) e o Sénior Living. A falta de oferta é evidente, mas interesse por parte dos investidores em desenvolver projetos em Portugal há. E muito.    

Hugo Santos Ferreira, presidente executivo da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), fala na necessidade de “reinventar a habitação” e de trazer novas soluções ao mercado imobiliário residencial nacional, algo que só será possível com o contributo dos promotores imobiliários

Durante a sua intervenção, Maria Empis alerta para o facto de as necessidades das pessoas estarem a mudar, havendo novos modelos de habitar a chegar a Portugal: “Há mudanças demográficas, a população está a envelhecer. [Por outro lado] as famílias são cada vez mais pequenas, muitas são de uma só pessoa, por isso temos de ter mais casas”. 

Segundo a especialista, “há cada vez mais interesse e vontade dos investidores em entrar nos processos”. “Há uma procura enorme de modelos alternativos [de habitar] que possam chegar a todos os segmentos de mercado, mas há um longo caminho a percorrer”, avisa, salientando que há “em Portugal oportunidade para crescer neste setor”. 

No caso concreto do BtR, sublinha Maria Empis, ainda há muito por fazer no país, havendo alguns projetos em desenvolvimento ou na calha, mas ainda de “pequenos investidores”. 

Flex Living em Portugal
Miguel Pereira Pinto, diretor da Quest Capital (ao meio), e Fernando Valcarel Sanchez, Investment & Asset Manager da M&G Real Estate (à direita) Créditos: Gonçalo Lopes | idealista/news

"É preciso muito mais investimento e muitas mais unidades"

Fernando Valcarel Sanchez, Investment & Asset Manager da M&G Real Estate, empresa com sede no Reino Unido, faz mira a Portugal, onde já detém uma residência de estudantes com Flex Living no mesmo empreendimento a sair do papel, nas Olaias, em Lisboa.  

“É verdade que é preciso muito mais investimento e muitas mais unidades. Tem de haver mais investidores como nós [a querer apostar neste modelo de negócio]. O Reino Unido é um mercado maduro, experiente, e podemos retirar muitas ideias, mas para isso é preciso um ‘partner’, é preciso rodear-nos dos melhores”, conta, mostrando-se disponível para futuras parcerias. “O segmento residencial é um mercado com muitas oportunidades, com um ‘parter’ adequado queremos continuar a investir em Lisboa e também no Porto. O living em Portugal tem muitas oportunidades para todos”, conclui.

"Queremos investir em BtR, desenvolver BtR em escala, e estamos em contacto com parceiros que querem apostar em Portugal"
Miguel Pereira Pinto, diretor da Quest Portugal

Miguel Pereira Pinto, da Quest Capital, plataforma de investimento imobiliário que encara o residencial living como uma oportunidade importante a ter em conta, mostra-se disponível para ajudar a fazer crescer este modelo de negócio no país, nomeadamente o BtR. “Queremos investir em BtR, desenvolver BtR em escala, e estamos em contacto com parceiros que querem apostar em Portugal. Estes novos segmentos são uma oportunidade que está a surgir e estamos atentos”, diz o diretor da empresa.  

“Mais que uma oportunidade é uma necessidade. O residencial é um segmento onde todos os investidores devem querer estar. Procura há em todos os segmentos, [mas] há uma necessidade de dimensão, de dar escala. Criar modelos alternativos [de habitar] é essencial”, remata. 

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