em tempos de crise económica, os investidores afastam-se do risco e procuram investimentos seguros e resistentes. o mercado de retalho de luxo é um destes sectores e o arrendamento de grandes e luxuosos espaços para lojas de marcas de renome parece estar a ganhar cada vez mais interesados em portugal
“devido às condições de mercado, tem havido um crescimento do capital internacional interessado neste tipo de investimentos. os consumidores de produtos de luxo são, geralmente, menos afetados pelo recuo da economia, o que significa que o arrendamento de espaços por marcas de luxo representa um risco bastante mais pequeno quando comparado com outros sectores”, diz ao idealista news tim seconde, director de capital markets, da consultora cbre portugal
a cbre lançou um grupo dedicado a transacções no mercado "prime" de retail (imobiliário em zonas priviligiadas para o comércio) que pretende dar resposta à procura de imóveis por marcas exclusivas, reunindo os especialistas nestes mercados, de forma a apoiar tanto compradores como vendedores
“as melhores localizações para o retalho de luxo, como a bond street, em londres, a via montenapoleone, em milão, a 5ª avenida em nova iorque ou os campos eliseus, em parís, reúnem as mais importantes marcas internacionais. o imobiliário destas avenidas representa um investimento seguro, devido ao tipo de retalhistas que ocupam estes espaços e a resistência destes investimentos perante as dificuldades económicas mundiais. contudo, estes produtos são muito raros e os investidores que pretendem adquirir imobiliário nestas localizações geralmente têm dificuldade em entrar nestes mercados”, explica tim seconde
as rendas mais caras na europa para lojas de luxo são para espaços em londres e paris. a nível global, as rendas mais caras são em hong kong, que representam 30% mais do que nova iorque, que se encontra em 2º lugar
em portugal, além da avenida da liberdade, em lisboa, existem outras zonas consideradas "prime" como a zona do chiado, com particular incidência na rua garrett
existem também outras localizações na capital que, não sendo "prime", são reconhecidas como interessantes para investimento neste sector, como a baixa pombalina, com destaque para a rua augusta, a rua catilho, e as zonas de belém ou do saldanha
"o conceito de 'prime' está sempre relacionado com o expoente de uma determinada situação. no caso do comércio de rua, são localizações onde o nível de rendas atinge valores mais elevados e onde um determinado perfil de retalhista quer estar presente", conta ao idealista news carlos récio, director de retail, da cbre portugal, confirmando que "salvo raras excepções", todas as marcas de luxo estão presentes ou querem estar presentes na avenida da liberdade, onde as rendas mais altas, tal como no chiado, podem alcançar os 100 euros por m2 por mês, podendo mesmo, em algumas situações, ultrapassar este valor
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a procura por este tipo de espaços com estas localizações priviligiadas continua a crescer mas tem-se verificado também um interesse crescente por outras zonas da cidade
"a nossa expectativa é que, por um lado, o comércio de luxo continue a manter algum protagonismo, embora se restrinja às zonas "prime", e que o comércio de rua continue o processo de desenvolvimento e consolidação noutras zonas das grandes cidades portuguesas, com especial enfoque em lisboa e porto", diz o responsável
carlos récio admite que existem neste momento marcas internacionais que procuram espaços na avenida da liberdade e na rua garrett, mas não adianta nomes. “a cbre tem neste momento negociações a decorrer para a entrada de marcas internacionais no país e esperamos poder divulgar estas novas marcas em breve”
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