A procura de casas para comprar continua alta. E embora os cidadãos com domicílio fiscal em Portugal sejam os que mais adquirem imóveis residenciais no país, os negócios imobiliários fechados por não residentes continuam a aumentar em 2022. E num contexto de alta subida da Euribor, já há bancos a melhorar as ofertas de crédito habitação para estrangeiros. Um deles é o Novo Banco que oferece um spread contratado desde 1,20%, isto considerando a bonificação máxima. Explicamos tudo na rubrica de crédito habitação do mês de outubro.
Hoje, a compra de casa com recurso a financiamento bancário está cada vez mais desafiante. Primeiro, porque as taxas de juro estão a subir em flecha à boleia da Euribor: atingiram a média de 2,01% em agosto nos novos contratos de crédito habitação, segundo o Banco de Portugal. E, por outro, a subida dos juros está a encolher o montante financiado pelos bancos para comprar casa.
Este duplo efeito da subida dos juros nos créditos habitação leva as instituições bancárias a procurar soluções mais vantajosas que permitam às famílias continuarem a comprar casa, quer para as portuguesas quer para as estrangeiras. E para competir com a concorrência e alimentar o negócio, uma forma é reduzindo o spread, a margem de lucro dos bancos que entra para o cálculo dos juros do crédito habitação (TAN), assim como a taxa Euribor contratada (a 3,6 ou a 12 meses).
Como atrair não residentes a comprar casa em Portugal?
Na rubrica crédito habitação do mês de outubro - onde mostramos as principais condições oferecidas por vários bancos e instituições financeiras especialistas na concessão de empréstimos para a compra de casa em Portugal – explicamos como o Novo Banco está a adaptar a oferta de crédito habitação para continuar a atrair famílias estrangeiras a comprar casa com financiamento bancário.
O banco liderado por Mark Bourke criou uma oferta de crédito habitação para não residentes em Portugal, que conta com um spread contratado com bonificação máxima de 1,20%. “Para obter a bonificação máxima de spread, basta as famílias terem créditos regulares em conta e contratarem os seguros de multirriscos para obter a máxima bonificação, isento de seguro de vida”, explicam os especialistas do idealista/crédito habitação. Neste caso a TAEG (Taxa Anual Efetiva Global) será desde 2,80%, isto considerando a bonificação máxima.
Nesta oferta, o financiamento será até 80% do valor de compra ou avaliação bancária (o menor de ambos) para habitação própria, secundária ou para arrendamento. O prazo máximo de pagamento do crédito habitação será de 30 anos, desde que o titular mais velho não exceda os 75 anos de idade.
Compra de casas por não residentes escalou na primavera
Só entre abril e junho deste ano foram transacionadas 43.607 habitações em Portugal, traduzindo-se num crescimento de 4,5% face ao mesmo período 2021, apontam os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE). E, destas, 93,6% foram adquiridas por famílias com domicílio fiscal em Portugal
O que o INE também sublinhou na sua análise à compra de casas no país é que “as transações referentes a compradores com domicílio fiscal fora do território nacional continuaram a aumentar a ritmos significativamente superiores”. Os dados mostram que:
- As aquisições dos compradores com domicílio fiscal na União Europeia ascenderam a 1.555 unidades, mais 62,0% face a idêntico período de 2021.
- A categoria de domicílio fiscal nos países fora da UE totalizou 1.228 transações, traduzindo-se num aumento homólogo de 63,1%.
Portanto, há cada vez mais estrangeiros a adquirir casas em Portugal, estando atraídos pela segurança, clima e hospitalidade que o país oferece. E agora há bancos que melhoraram as suas soluções de crédito habitação para continuar a atrair estrangeiros a comprar casa.
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