Descobre as medidas sobre habitação e imobiliário defendidas pelos partidos que estão na corrida às eleições legislativas 2025.
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Habitação nas eleições legislativas 2025
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Dentro de um mês, os portugueses voltam a ser chamados às urnas para votar nas eleições legislativas de 2025. E já começam a vir a público os programas eleitorais dos partidos que, hoje, têm assento no Parlamento. A habitação continua a estar em principal destaque, com o aumento da oferta de habitação pública a merecer consenso entre as diferentes cores políticas, da esquerda à direita. Descobre neste artigo preparado pelo idealista/news as principais medidas no âmbito da habitação e imobiliário propostas pelos vários partidos para as legislativas 2025.

Será no dia 18 de maio de 2025 que os portugueses voltam a ser chamados às urnas para eleger os 230 deputados que com assento na Assembleia da República. As eleições legislativas de 2025 – antecipadas na sequência de uma série de polémicas geradas em torno da empresa da família de Luís Montenegro, que perdeu a moção de confiança – prometem desenhar um novo rumo político, económico e social para o país, nomeadamente em matéria de habitação.

Para que exerças teu direito de voto bem informado nas eleições legislativas de 18 de maio de 2025, o idealista/news preparou este guia com principais propostas dos partidos com assento parlamentar para a habitação e imobiliário. 

Aliança Democrática 

Programa eleitoral AD 2025
Luís Montenegro, líder da AD e PSD Getty images

A Aliança Democrática (AD) - uma coligação formada pelo PSD, CDS-PP e PPM – esteve a governar o país no último ano (sem maioria parlamentar), com foco nas políticas de habitação. Além de expandir o Porta 65-Jovem, também reforçou a oferta de habitação pública com o início da construção de 59 mil casas e aprovou a lei dos solos. E ainda colocou em vigor a isenção de IMT e a garantia pública na compra de casa para jovens até aos 35 anos, por exemplo. 

No seu programa eleitoral para as eleições legislativas de 2025, a AD admite que ainda há muito para ser feito na área de habitação, tendo como objetivo garantir a continuidade destas políticas que ajudam os jovens a comprar casa no país. E querem ainda “aumentar a construção, reabilitação e arrendamento de casas, flexibilizando regras e licenciamento da construção e reduzindo a tributação para aumentar a oferta”. A ideia passa por “inverter a tendência de crescimento acelerado de preços e rendas da habitação acima da evolução do rendimento dos portugueses, através de um choque de oferta de habitações".

Para provocar um “choque de oferta de habitação pública, privada e cooperativa”, a AD pretende, por exemplo:

  • flexibilizar as limitações de ocupação dos solos, densidades urbanísticas (incluindo construção em altura) e exigências e requisitos construtivos;
  • injetar no mercado, de forma quase-automática, dos imóveis e solos públicos devolutos ou subutilizados;
  • criar um regime excecional e temporário de eliminação ou redução dos custos tributários em obras de construção ou reabilitação em imóveis destinados a habitação, prevendo a compensação das autarquias por perdas de receita. Aqui insere-se a aplicação de IVA à taxa mínima de 6% nas obras e serviços de construção e reabilitação, com limite de incidência no valor final dos imóveis, e alargamento da dedutibilidade. E ainda a “redução substancial ou eliminação de taxas de urbanização, edificação, utilização e ocupação”;
  • estimular e facilitar novos conceitos de alojamento no mercado português, como o build to rent, coliving ou cooperativas de habitação;
  • criar um programa de Parcerias Público-Privadas para a construção e reabilitação em larga escala, de habitação acessível e para alojamento para estudantes;
  • criar um programa de financiamento para reabilitação de fogos devolutos para arrendamento acessível;
  • atualização o conceito de custos controlados e dinamização da construção por cooperativas habitacionais.

Para criar mais confiança no mercado de arrendamento, a AD propõe avaliar as contra-reformas ao nível do arrendamento e obras, introduzir contratos de arrendamento seguros no longo prazo, rever e acelerar a solução de litígios em caso de incumprimento e ainda avaliar o mecanismo de seguro de renda. Por outro lado, o partido político liderado por Luís Montenegro quer “redesenhar os programas de subsidiação aos arrendatários em situações de vulnerabilidade/necessidade efetiva”.

No seu programa eleitoral para as legislativas de 2025, também está previsto o “reforço e criação de fundos imobiliários em conjunto com os bancos e proprietários, de modo que as empresas possam financiar a sua atividade através da entrega e arrendamento dos seus imóveis, com um prazo de recompra”. E ainda clarificar as regras de investimento imobiliário e atração de investimento (para residentes e não residentes) no âmbito do turismo.

Partido Socialista

Propostas do PS para habitação
Pedro Nuno Santos, líder do PS Getty images

Partido Socialista (PS) liderado por Pedro Nuno Santos dedica um capítulo do seu programa eleitoral à “habitação como o maior desafio nacional”. Admitindo que “não há soluções únicas nem milagrosas para responder à crise da habitação”, o PS lança várias medidas tocando em cinco dimensões:

  1. Reforçar o parque habitacional público: criando instrumentos permanentes de financiamento da construção de habitação pública, especialmente dirigida à classe média, jovens, trabalhadores deslocados e estudantes do ensino superior. O PS quer ainda promover a habitação para arrendamento acessível por parte de privados e cooperativas, por via de financiamento com garantia mútua e bonificação de juro. Além disso, destaca o lançamento do Programa REVIVE Habitação para agilizar a mobilização dos imóveis devolutos do Estado para habitação. Também inclui a redução do IVA a 6% para projetos de habitação a custos controlados e a isenção fiscal para as rendas a preços acessíveis;
  2. Melhorar apoio ao acesso à habitação: simplificar e uniformizar o acesso aos apoios ao arrendamento e alargando a base de incidência dos atuais apoios, assegurando que todas as famílias com taxa de esforço elevada, incluindo as da classe média, têm acesso a um apoio ao pagamento da renda. Além disso, quer simplificar o acesso aos programas habitacionais e assegurar que já previsibilidade e segurança nos apoios à compra de casas própria, como a garantia pública;
  3. Reduzir o desalinhamento entre preços das casas e rendimentos das famílias: neste âmbito, o PS destaca “a reposição de um conjunto de regras mínimas de regulação do Alojamento Local (AL), e ao mesmo tempo incentivando a transferência de imóveis afetos ao AL para arrendamento de habitação permanente” e ainda a revisão da fórmula de cálculo para atualização de rendas, incluindo a evolução dos salários nos critérios de atualização em anos com inflação superior a 2%. Quer ainda tocar nas mais-valias, isentando quem venda segundas habitações para a compra de casa própria e, por outro lado, agravando-as em imóveis adquiridos sem terem sido recuperados ou habitados. No mercado de arrendamento, quer aumentar a fiscalização, unificar regras num instrumento só e fomentar a criação de seguros no arrendamento;
  4. Reforçar o setor da construção: “Assegurar a integração de soluções de habitação acessível no licenciamento de novos projetos, nomeadamente através do aumento da capacidade construtiva e da introdução, em articulação com as autarquias, de uma quota mínima de fogos a afetar a arrendamento habitacional a custos acessíveis ou habitação a custos controlados nos novos projetos”. Concretizar o Código da Construção até 2026 e promover a industrialização do setor e a construção verde também está nos seus planos;
  5. Inovação habitacional e valorização urbana: através do lançamento de novas linhas de financiamento para projetos de micro-housing e préfabricado, destinados a habitação temporária. E quer ainda criar o Balcão Mais habitação e fomentar um programa de aquisição por parte do Estado de habitações hipotecadas à banca, com garantia de arrendamento vitalício aos proprietários ou integração dessas habitações em programas de arrendamento acessível. 

Chega

Chega nas Legislativas 2025
André Ventura, líder do Chega Getty images

O partido Chega liderado por André Ventura publicou o seu programa eleitoral recentemente e foca três prioridades para a habitação:

  • Proceder a uma reforma legislativa que assegure estabilidade e segurança jurídica, garantindo um quadro normativo claro e coerente, que permita uma resposta eficiente às necessidades habitacionais do país, nomeadamente, a implementação de políticas consistentes e de longo prazo para atrair capital nacional e estrangeiro, essencial para dinamizar o setor e aumentar a oferta habitacional;
  • Incentivar à construção e reforma urbana, promovendo-se o aumento significativo da oferta, que passa não só pela construção de novos imóveis e reabilitação do edificado existente, mas também pela resolução de desafios estruturais como a falta de mão de obra qualificada e a elevada burocracia nos processos de licenciamento e urbanismo;
  • Reforço do mercado de arrendamento como eixo central da política de habitação: neste ponto propõe rever a lei das rendas (removendo o congelamento do imposto pelo regime anterior e garantindo atualização de rendas com base na inflação), simplificar o despejo por incumprimento do contrato, assumir uma política de tolerância zero para ocupações ilegais e garantir a defesa da propriedade privada, criando um fundo de compensação justo e eficaz para proprietários lesados.

Entre outras medidas incluídas no programa eleitoral do Chega está a revisão da lei dos solos, desburocratização do licenciamento urbanístico, melhorar a expansão de redes de transportes públicos nas áreas de expansão habitacional, incentivar a construção de casas acessíveis por via de parcerias público-privadas utilizando terrenos públicos e ainda criar incentivos fiscais para novos projetos habitacionais ( isenção de IMT e IMI para quem construir ou reabilitar imóveis destinados ao arrendamento acessível).

No lado da construção, o Chega propõe reduzir o IVA para 6% na construção de casas. E quer também facilitar a compra de casas próprias aos jovens através da implementação de diversas medidas de apoio, como a isenção do IMT e do Imposto de Selo aos jovens até aos 40 anos na compra da primeira habitação até 400 mil euros. E quer aplicar a isenção de IMI para a habitação própria e permanente de imóveis cujo valor patrimonial não exceda os 400 mil euros.

Iniciativa Liberal

Propostas da Iniciativa Liberal para habitação
Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal Getty images

No seu programa eleitoral para 2025, a Iniciativa Liberal (IL) liderada por Rui Rocha lança um conjunto de medidas-chave para a habitação que muito tocam na reforma fiscal:

  • Baixar impostos sobre rendas de 25% para 15%, tornando o arrendamento mais atrativo;
  • Simplificar toda a legislação num Código Único do Arrendamento;
  • Redução do IVA da construção de 23% para 6%;
  • Criar um Código Único da Construção para acabar com burocracias excessivas;
  • Implementar licenciamento automático em áreas já definidas pelos Planos Diretores Municipais;
  • Revogar o direito do Estado interferir nas vendas privadas de imóveis;
  • O Estado tem de simplificar processos e pôr no mercado o seu património imobiliário que mantém fechado e abandonado.

No curto prazo, a IL quer promover a mobilização do parque habitacional existente, focando-se na captação de habitações fechadas e vazias para o mercado de arrendamento. Para que isso seja possível, o Estado tem de simplificar processos e pôr no mercado o seu património imobiliário que mantém fechado e abandonado. Tem ainda de haver uma “simplificação urgente da legislação de arrendamento e dos processos de licenciamentos municipais”, bem como a “revisão fiscal do imposto sobre rendas”.

No médio prazo (2-4 anos), a IL considera que é preciso reforçar a construção e reabilitação de casas, implementando incentivos fiscais (como a redução do IVA), promovendo parcerias público-privadas com projetos habitacionais mistos (arrendamento acessível e mercado livre), incluindo um regime de pré-licenciamento urbanístico automático.

Bloco de Esquerda

Propostas do BE eleições legislativas
Mariana Mortágua, líder do BE Getty images

A habitação abre leque de temas e soluções do manifesto eleitoral do Bloco de Esquerda (BE) para as eleições legislativas de 18 de março. O partido liderado por Mariana Mortágua quer que os portugueses tenham uma “casa decente e um o salário a possa pagar”. 

Neste sentido, o BE quer avançar com uma "nova política de habitação" que se focará nos seguintes pontos:

  • Estabelecer um teto nas rendas, ou seja, valores máximos de acordo com a localização e as características dos imóveis;
  • Parar a construção de hotéis;
  • Reduzir o alojamento local onde o turismo é excessivo;
  • Acabar com os vistos gold;
  • Construir casas públicas para baixar os preços. 

CDU

PCP na habitação
Paulo Raimundo, líder do PCP Getty images

O PCP candidata-se às eleições legislativas com a Coligação Democrática Unitária (CDU) que inclui também o Partido Ecologista “Os Verdes”. O compromisso eleitoral dos comunistas liderado por Paulo Raimundo quer “garantir o direito à habitação” deixando várias medidas para a legislatura de 2025-2029:

  • alargar a oferta de habitação pública e de habitação a custos controlados: mobilizando património público para fins habitacionais, apoiando o movimento cooperativo; criando programas de residências universitárias com construção a custos controlados de acesso gratuito, dotar o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) de meios necessários e equipas técnicas, bem como requalificar o parque habitacional que é sua propriedade;
  • promover o arrendamento e proteger a habitação arrendada: criando um regime especial de protecção dos inquilinos, que limite o aumento das rendas e o seu valor nos novos contratos, revogando a “Lei dos despejos”. Criar “um regime simplificado de posse administrativa pelo Estado de imóveis devolutos, quando os proprietários não recorram aos mecanismos públicos para a sua recuperação”;
  • proteger a habitação própria: “criar um regime especial de proteção da habitação própria que ponha os lucros da banca a suportar o aumento das taxas de juro, reduzindo igualmente taxas, comissões e outros encargos”. E “determinar a intervenção do banco público – Caixa Geral de Depósitos – em condições que funcionem como referência para o mercado do crédito à habitação, estabelecendo designadamente, nos novos contratos e nos já existentes, condições de spread, comissões e outros encargos abaixo das que são praticadas pelos bancos privados, inclusivamente na transferência de crédito”. Além disso, o PCP quer “restringir fortemente as possibilidades de execução de hipoteca da habitação permanente e despejo pelos bancos”;
  • pôr fim aos privilégios concedidos pelas políticas liberais na habitação: eliminar o regime fiscal de privilégio aos residentes não habituais, bem como todos os benefícios fiscais aos fundos imobiliários e outros instrumentos similares que estimulam a especulação, penalizando fiscalmente os rendimentos especulativos. Limitar a aquisição de habitações por fundos imobiliários e mobilização de habitações para AL em áreas de carência habitacional também consta no seu programa. 

PAN

Propostas para habitação do PAN
Inês de Sousa Real, líder do PAN Getty images

O PAN (Pessoas Animais Natureza) continua a prosseguir alguns objetivos que já havia colocado no ano passado. No seu programa eleitoral, o partido liderado por Inês de Sousa Real propõe no âmbito da habitação:

  • Reduzir significativamente o IRS dos senhorios que promovam o arrendamento acessível e que atualizem os valores das rendas abaixo dos valores da inflação;
  • Apostar em programas de apoio através de benefícios fiscais aos/às proprietários/as que tenham arrendamento acessível (apartamento, quartos, coliving) para estudantes a preços abaixo da média praticada na área onde se localizem;
  • Garantir a todas as famílias a dedutibilidade de gastos com a prestação de crédito à habitação em sede de IRS;
  • Dotar todos os edifícios públicos de meios de produção de energia, até 2030;
  • Reduzir para 6% o IVA das operações que visem assegurar a eficiência hídrica das habitações;
  • Reforçar o investimento na reabilitação e construção de habitação pública para arrendamento acessível, pugnando pela mobilização do património imobiliário do Estado e municipal;
  • Converter imóveis públicos devolutos em habitação para jovens, nomeadamente estudantes, podendo prolongar-se a permanência na habitação por um ano após o término dos estudos, com rendas enquadradas no valor das residências universitárias;
  • Garantir que em todos os projetos de habitação pública há sempre uma percentagem destinada a jovens e a alojamento estudantil;
  • Rever os instrumentos de gestão territorial de forma a incluir e a prever a eventual limitação e suspensão de autorização de alojamentos locais e de novos estabelecimentos hoteleiros, quando se verifique estar no limiar do uso habitacional do território estudado;
  • Assegurar a criação de Gabinetes de Apoio à Habitação em todos os municípios;
  • Impedir despejos, nos casos que envolvam habitação pública ou municipal, de pessoas ou famílias vulneráveis, sem que previamente não estejam definidas soluções de realojamento adequadas e dignas;
  • Criar um regime de não discriminação no acesso ao arrendamento por famílias com animais de companhia;
  • Proteger as habitações contra desastres naturais e fenómenos sísmicos, por via da instituição de um sistema nacional de cobertura do risco de fenómenos sísmicos e de desastres naturais e da criação de um Fundo Sísmico e para Desastres Naturais.

Livre

Livre nas eleições legislativas
Rui Tavares, líder do Livre Getty images

Do lado do Livre liderado por Rui Tavares surgem propostas com 7 objetivos bem definidos para a habitação, de acordo com o programa eleitoral já conhecido:

  • Garantir o direito à habitação (prioridade à publica e cooperativa): criando o serviço nacional de habitação, estipulando o objetivo de alcançar 10% de habitação pública até 2040, constituindo um fundo para as políticas para a habitação pública (atribuir 1.000 milhões de euros anuais para a habitação pública para alcançar 600 mil fogos de habitação social e arrendamento acessível), implementando e alargando a Nova Geração de Cooperativismo para a Promoção de Habitação Acessível,  reabilitando o parque imobiliário público, aumentando as vagas em residências de estudantes, criando o Balcão da Habitação e reforçando o IHRU;
  • Apoiar a emergência da habitação: efetivando o fundo de emergência para pessoas que fiquem sem casa ou em situação de sem-abrigo, por exemplo. Proteger o direito à habitação em casos de aumento da prestação no crédito habitação ou das rendas também está nos seus planos, assim como a atribuição de um apoio financeiro para famílias com crianças em risco devido a condições habitacionais insalubres ou precárias. Além disso, o Livre quer tornar obrigatória a possibilidade de dação em cumprimento da dívida de crédito habitação;
  • Combater a especulação imobiliária: revogando as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) – a chamada lei dos solos-, implementando uma política fiscal na habitação (através do aumento do imposto sobre mais-valias considerando 100% do valor para englobamento para venda de segundas habitações por mais de 250 mil euros e ainda através da proibição de compra de casas de férias por cidadãos não residentes em Portugal durante cinco anos). Neste ponto, o Livre quer ainda restringir e limitar a renovação de licenças de Alojamento Local (AL) em áreas com forte pressão turística, rever o estatuto de benefícios fiscais para imóveis e reformular o cálculo do IMI reduzindo para habitação permanente e aumentando para imóveis devolutos;
  • Promover o arrendamento a custos acessíveis: estabelecendo limites máximos no valor das rendas, compatibilizando os rendimentos médios e baixos com o valor das rendas, aumentado os apoios para o arrendamento habitacional permanente a custos acessíveis, apoiando a reintrodução no mercado de imóveis devolutos para arrendamento, protegendo os inquilinos dos aumentos das rendas especulativas e nas situações de despejos e ainda simplificando a legislação relativa ao arrendamento urbano num único documento jurídico;
  • Apoiar o acesso à habitação própria: criando o Programa Ajuda de Casa (com financiamento até 30% do imóvel em que o Estado fica coproprietário), fomentando a reabilitação urbana de imóveis para primeira habitação em aldeias e vilas em territórios de baixa densidade e reduzida pressão imobiliária, implementando políticas de zonas inclusivas, para construção de 20% de habitação acessível em empreendimentos urbanísticos de grande dimensão;
  • Reforçar o Programa 3C - Casa, Conforto e Clima: criar um programa de incentivos de comparticipação financeira pelo Fundo Ambiental a 100% até ao limite de 100 mil euros para edifícios existentes, alargando a atribuição dos Vales Eficiência a famílias com rendimentos equivalentes aos dois primeiros escalões de IRS, por exemplo. Aqui a ideia é apoiar também a reabilitação de edifícios e casas públicas melhorando a sua eficiência energética e dar mais benefícios fiscais a reabilitações que cumpram os critérios de sustentabilidade;
  • Consolidar a legislação sobre habitação, urbanismo e construção: elaborando o código da construção, realizando um Código do Urbanismo e do Ordenamento do Território, implementando o Programa Cidade Sem Periferias a fim de combater a segregação urbana e revendo a legislação que regula a atividade de mediação imobiliária e da atividade de gestão e administração de condomínios, por exemplo.

*Notícia atualizada dia 29 de abril, às 11h02, com as propostas do Chega e do Livre, recentemente conhecidas

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