O governador do Banco de Portugal (BdP), Álvaro Santos Pereira, disse esta sexta-feira (dia 21 de novembro de 2026) que quem quer relaxar regras como a exigência de entrada no crédito habitação não aprendeu “com os erros do passado”.
Numa intervenção, em Alcobaça, na CNN Portugal Internacional Summit, o governador lembrou que uma das funções do banco central, considerando-a “absolutamente essencial”, é enquanto “autoridade macroprudencial do país.
“Temos a função de manter a estabilidade financeira com políticas que possam garantir que o mercado imobiliário não fique em situações difíceis como vimos no passado”, referiu, após alguns presidentes de bancos se terem mostrado favoráveis ao financiamento a 100% do crédito habitação.
“Nos últimos dias começámos a ouvir pessoas a defender o relaxamento de regras macroprudenciais: por exemplo, a exigência de entrada na compra de casa e outro tipo de exigências”, disse Álvaro Santos Pereira.
O governador considera que se devia “aprender com os erros do passado e essas pessoas não aprenderam com os erros do passado”. “Sabemos muito bem que as regras macroprudenciais são essenciais para garantir que não vamos ter problemas no futuro”, defendeu, salientando que em muitos países europeus “o que está a acontecer é que as regras macroprudenciais”, ou seja, as recomendações dos bancos centrais, “estão a passar a vinculativas”.
“Para nos é essencial que sejam cumpridas. Se insistirem nestes erros, o banco central aqui estará para atuar", garantiu.
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