Venda de casas nos EUA

As aquisições de imóveis por estrangeiros nos EUA aumentaram nos 12 meses até março, totalizando 78.100 transações, o que representa uma subida de 44% face ao período homólogo, segundo a Associação Nacional de Agentes Imobiliários (NAR). Trata-se do primeiro aumento desde 2017. O preço médio das habitações atingiu um novo recorde: 494.400 dólares (422.050 euros). No total, os estrangeiros investiram 56.000 milhões de dólares (47.805 milhões de euros), com chineses, canadianos e mexicanos entre os principais compradores. Flórida e Califórnia lideram as preferências.

A Câmara Municipal de Dolton, uma pequena localidade nos arredores do sul de Chicago (EUA), concluiu a compra da casa de infância do Papa Leão XIV, pagando um valor 70% acima do preço inicial. A autarquia desembolsou 375.000 dólares - cerca de 320.000 euros - por esta modesta propriedade de três quartos e pouco mais de 100 metros quadrados (m2), bem acima dos 219.000 dólares pedidos em janeiro passado. O objetivo agora é transformar a casa num museu em colaboração com a Arquidiocese de Chicago.

Em resposta aos crescentes desafios no acesso à habitação em Boston, a cidade norte-americana apresentou um programa pioneiro que visa transformar a forma como as famílias podem tornar-se proprietárias. O ‘Programa Piloto de Compra Conjunta de Habitação’, lançado pelo Boston Home Center, equivalente à vereação da habitação da cidade, oferece apoio financeiro às famílias que desejem comprar uma casa em conjunto, através de um único empréstimo. Na cidade, é habitual a compra e venda de propriedades com dois ou três andares.

O mercado imobiliário nos EUA sentiu um aumento significativo das transações e uma expansão da oferta na primavera, seguindo a tendência já identificada no país.

Quando estalou a pandemia, em 2020, foram vendidas 822 mil casas nos EUA, o valor mais elevado desde 2006 (altura em que foram adquiridas mais de 1 milhão de habitações), segundo revelam os dados da Statista. Agora, um estudo da agência imobiliária Bright MLS revela que um em cada três norte-americanos que compraram casa desde o início da pandemia, planeia vendê-la em 2025.

O custo de vida e a falta de acesso à habitação foram uma das grandes frustrações dos norte-americanos na campanha eleitoral. A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA confere ao ex-presidente um segundo mandato até 2029, numa altura em que o mercado residencial enfrenta o desafio de melhorar a acessibilidade da habitação, com escassez de oferta e muita procura. Trump prometeu reduzir as regulamentações e normas estaduais, as taxas de juro dos créditos habitação para 3% e abdicar de terrenos federais para construir mais casas.

Kamala Harris ou Donald Trump, quem vai ser o próximo presidente dos EUA? Com o país de olhos postos nas eleições presidenciais, que se realizam dia 5 de novembro de 2024 (madrugada de dia 6 em Portugal), um relatório da mediadora imobiliária Knight Frank revela que os principais mercados imobiliários do país dão sinais de forte crescimento. Comprar uma casa de 34,2 metros quadrados (m2) na primeira linha de Manhattan (Nova Iorque), por exemplo, custa nada mais nada menos que um milhão de dólares (925.000 euros).

A atividade económica "pouco mudou" em quase todas as regiões dos EUA desde o início de setembro, mas há comunidades onde a falta de habitação acessível é um problema, destacam os responsáveis da Reserva Federal (Fed) norte-americana. No Livro Bege, divulgado esta quarta-feira (23 de outubro de 2024), refere-se que "no geral, a atividade económica pouco mudou em quase todos os distritos desde o início de setembro, embora dois distritos tenham relatado um crescimento modesto".

Os democratas no Congresso dos EUA apresentaram uma legislação a avançar a longo prazo que visa designar uma nova autoridade federal de habitação. A mesma prevê um investimento de cerca de 30.000 milhões de dólares (27.000 milhões de euros) em financiamento para casas a preços acessíveis em todo o país. 

A cidade de Baltimore, no estado de Maryland, nos EUA, prepara-se para vender centenas de casas vazias a moradores por apenas um dólar. O objetivo será revitalizar os imóveis abandonados e repovoar os bairros mais problemáticos.

A National Association of Realtors (NAR) dos EUA concordou em pôr fim a uma série de ações judiciais movidas por vendedores de casas/agentes imobiliários que argumentavam que as regras estabelecidas pela própria associação os obrigavam a pagar “comissões excessivas”. Por isso, pagará 418 milhões de dólares (384 milhões de euros) como indemnização por danos. Com este acordo, será eliminado um dos pilares do setor, a comissão padrão de vendas de 6%. 

O mercado imobiliário norte-americano dá sinais de esta a recuperar, tendo os preços das casas em Manhattan (Nova Iorque) subido, no quarto trimestre de 2023, pela primeira vez em mais de um ano. O aumento das vendas no segmento de luxo ajudou a impulsionar os negócios, ao mesmo tempo que as taxas de juro nos créditos habitação parecem estar a baixar, sendo esta uma tendência esperada para 2024. 

A associação de agentes imobiliários dos EUA (NAR, na sigla em inlês) deve pagar 1,8 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) por conspirar para inflacionar os preços das comissões de vendas de habitações, decidiu esta terça-feira (31 de outubro de 2023) um júri em Kansas City, no Estado do Missuri. A decisão pode mudar por completo a indústria imobiliária do país, uma vez que os queixosos pediram ao juiz que preside ao caso que altere as regras de compra e venda de casas.

Encontrar uma casa para comprar a preços acessíveis está cada vez mais difícil nos EUA. Do outro lado do Atlântico, tal como em Portugal, há um desequilíbrio entre salários e os preços das casas. E com os juros no crédito habitação a subir tem-se tornado cada vez mais difícil comprar casa a preços acessíveis nos EUA. Estima-se que faltem cerca de 320 mil habitações a preços que as famílias de classe média possam pagar.

O fundador do grupo Inditex (dono da Zara e da Massimo Dutti), Amancio Ortega, continua a investir forte no mercado imobiliário dos EUA, tendo comprado, através da sua empresa de investimentos Pontegadea, um arranha-céus residencial de luxo em Seattle por 324 milhões de dólares (305 milhões de euros). Trata-se da torre Kiara, que tem 461 apartamentos para arrendar e que se encontra perto sede da Amazon.

O mercado de arrendamento residencial dos EUA começa a viver um boom de empresas que se dedicam a arrendar casas sem a necessidade de pessoas ou de contato direto com o inquilino. Grandes empresas como a Image Homes, a Invitation Homes ou a American Homes 4 Rent têm já processos automatizados, desde o envio da documentação até a visita à casa. Para celebrar o contrato de arrendamento basta entrar numa app: e passa a haver um código final que abre as portas da nova casa.

O ritmo de venda de casas novas nos Estado Unidos caiu 3,4% em agosto. Trata-se de um recuo de 560 mil unidades, que representa o nível mais baixo dos primeiros oito meses do ano, de acordo com o Departamento do Comércio norte-americano. Nos Estados Unidos as casas novas representam cerca de 7% do mercado de habitação residencial.

O mercado imobiliário de Nova Iorque (EUA) voltou a atingir os níveis históricos verificados em 2008, ano marcado pela crise e pelo estalar da bolha imobiliária. O preço médio das casas em Manhattan disparou no último trimestre do ano passado para os 980.000 dólares (827.000 euros), mais 15% que no período homólogo. Trata-se da segunda maior marca da histórica.

O número de obras iniciadas no mercado de construção para habitação nos EUA diminuiu 1,6% em novembro face a outubro, para 1,03 milhões de construções novas iniciadas. Um valor que compara com 1,05 milhões (revistos) em outubro e 1,04 milhões esperado, face a uma leitura preliminar de 1,01 milhões em outubro.

Boas notícias para o setor imobiliário nos EUA. Dados revelados pelo Departamento do Comércio indicam que a construção de casas novas subiu, em julho, para o nível mais elevado em oito meses, interrompendo dois meses seguidos de quedas. No mês em causa, a construção de habitações aumentou 15,7% para um ritmo anual ajustado de 1,09 milhões de unidades.