A Holanda - cujas eleições de hoje, opondo a extrema direita e os conservadores, marcam o pontapé inicial do calendário eleitoral de um ano-chave para a Europa -, é o maior produtor europeu de gás natural. E Groningen, uma zona agrícola e verdejante longe das cosmopolitas Amesterdão e Haia, é a jóia da coroa. Alberga uma das reservas mais lucrativas do mundo, que rende cerca de um milhão de euros por hora a Haia e muitos dos edifícios e serviços públicos do país foram financiados com esta receita. Mas há um lado negro neste negócio: a exploração de gás natural está a provocar tremores de terra que já danificaram 100 mil casas e este tema está a incendiar o debate político.