Perspetivas imobiliário 2023

Imobiliário afasta pessimismo e traça 2023 melhor que o esperado

A reta final de 2022 encheu o mercado de dúvidas. Com a inflação em alta, os juros a subir a grande velocidade, a crise energética e a guerra na Ucrânia, muitos previam uma recessão económica e um forte impacto destes fatores no setor imobiliário. Apesar de as incertezas ainda exigirem cautela e de se esperar um ajuste nas avaliações imobiliárias e uma queda no investimento, os responsáveis pelas grandes empresas imobiliárias presentes em Espanha, e algumas em Portugal, pintam um cenário menos pessimista para os próximos meses, traçando perspetivas para 2023 melhores do que o esperado.
Lisboa é uma das melhores cidades para se investir em imobiliário

Lisboa é a 11ª melhor cidade europeia para investir em imobiliário

Os vários players do setor imobiliário perspetivam que 2023 seja um ano de incertezas, marcado pelos efeitos da alta inflação, da subida das taxas de juro, da eventual desaceleração económica ou da crise energética. Há, no entanto, sinais de otimismo, nomeadamente no que diz respeito à promoção imobiliária em Portugal, com os investidores a manterem o país no radar. Os dados mais recentes de um relatório elaborado pela consultora PwC e pelo Urban Land Institute (ULI) mostram isso mesmo: Lisboa é a 11º cidade europeia mais atrativa para investir em imobiliário, tendo recuperado face aos dois anos anteriores (16ª em 2022 e 15ª em 2021). 
Estrangeiros compram casa na Madeira

Madeira rejeita proibir venda de casas a estrangeiros não residentes

Para travar a subida dos preços das casas em Portugal, o Bloco de Esquerda (BE) apresentou um projeto de lei para a proibir a venda de imóveis a estrangeiros não residentes. Mas a Região Autónoma da Madeira rejeita fazê-lo. “Nós não queremos fazer isso. Acho que neste momento o imobiliário na região está a correr muito bem”, disse o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

TdC questiona venda de 3 imóveis em Cascais a chineses por 2 milhões

A Câmara Municipal de Cascais (CMC) vendeu dois armazéns e um terreno por 1,75 milhões de euros à empresa chinesa ShiningJoy. Mas este negócio imobiliário está a ser posto em causa pelo Tribunal de Contas (TdC), por alegada falta de transparência e ausência de concorrência, concluindo mesmo que a transação veio favorecer os interesses da empresa chinesa em detrimento do interesse público. Ainda assim, os membros da autarquia não podem ser responsabilizados.
Estrangeiros compram casa em Espanha

Governo das Baleares quer proibir compra de casa por estrangeiros

Os preços das casas nas ilhas Baleares, em Espanha, estão a escalar. Tanto que o preço do metro quadrado (m2) nesta comunidade autónoma chegou aos 3.706 euros em 2022 (+10,5% que em 2021), um valor acima do registado na Comunidade de Madrid (3.122 euros/m2) e na Catalunha (2.333 euros /m2), mostram os dados do idealista. Foi por isso mesmo que o Governo das Baleares criou uma comissão para estudar a proibição da compra de casas por cidadãos, estrangeiros ou não, que vivam nesta comunidade autónoma há menos de cinco anos.
Venda de casas em Portugal dispara em 2022

Vendidas mais de 168.000 casas num total de 34 mil milhões em 2022

“As profundas alterações macroeconómicas e geopolíticas não travaram o mercado imobiliário português, que deverá terminar 2022 com mais de 34.000 milhões de euros transacionados”. Segundo as estimativas da JLL, está em causa um crescimento na ordem dos 14% face aos 30.000 milhões de euros de imóveis – residenciais e comerciais – vendidos em 2021. Ao todo, adianta a consultora imobiliária, terão sido vendidas no ano passado mais de 168 mil casas, num total de 31 mil milhões de euros transacionados. 
Os mais importantes negócios imobiliários de 2022

Hotéis e escritórios elevam investimento imobiliário para 3 mil milhões

As estimativas da consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W) apontam para que tenham sido investidos no ano passado cerca de três mil milhões de euros em imobiliário comercial, o que representa um aumento de 39% face ao ano anterior. Significa, então, que 2022 será o terceiro melhor ano de sempre, apenas atrás de 2018 e 2019. Isto em pleno contexto económico marcado por uma alta taxa de inflação e por aumentos consecutivos da taxa de juro diretora por parte do Banco Central Europeu (BCE). Mostramos, em baixo, como se comportou o setor ano passado, segmento por segmento, e revelamos quais foram os principais negócios do ano. 
Portugal continua no radar dos investidores imobiliários

Imobiliário em 2023: “Há um otimismo cauteloso”

Portugal “continua no radar” dos investidores institucionais estrangeiros, apesar do contexto que se vive, marcado por uma elevada taxa de inflação, por uma diminuição do poder de compra e por um aumento da taxa de juro diretora, por exemplo. A garantia é dada por Eric van Leuven, diretor-geral da Cushman & Wakefield em Portugal, que considera que se vive atualmente “um otimismo cauteloso” no país. As estimativas da consultora apontam para que tenham sido investidos em 2022 cerca de três mil milhões de euros em imobiliário comercial, o que representa um aumento de 39% face ao ano anterior.
Imobiliário em alta em Portugal em tempos de guerra

“Virão tempos de mudança” no imobiliário – com "boas oportunidades”

O ano de 2022 fica marcado pelo escalar de uma guerra na Ucrânia, que fez disparar a taxa de inflação e “obrigou” o Banco Central Europeu (BCE) a subir a taxa de juro diretora. O imobiliário sentiu, também, o impacto destes fatores, tendo dado provas, no entanto, da sua força. O que esperar, então, do ano de 2023 para o setor? “Acreditamos que em 2023 virão tempos de mudança e adaptação necessária, onde certamente também existirão boas oportunidades”, adianta, em comunicado, Pedro Rutkowski, CEO da Worx.