“troika”: o que vai mudar no imobiliário?

o governo e a "troika" (equipa do fmi, bce e ce) apresentaram ontem as medidas que o país terá de adoptar para fazer face à grave crise económica e financeira que enfrenta e que levaram josé sócrates a pedir ajuda externa. há muito que corriam rumores sobre as intenções da "troika" relativamente ao sector imobiliário, nomeadamente na aplicação de medidas que dinamizassem o arrendamento, que desincentivassem a compra de casa e que diminuissem o recurso ao crédito à habitação. veja aqui as medidas essenciais que vão revolucionar o mercado imobiliário

- despejo após três meses de incumprimento no pagamento da renda , em vez dos actuais 18 meses

- liberalização gradual das rendas: governo vai apresentar medidas para alterar a actual lei do arrendamento urbano

- redução do prazo de notificação e cancelamento do arrendamento por parte do senhorio

- alargar condições sob as quais a renegociação dos contratos de arrendamemento pode ser feita, sobretudo na limitação da possibilidade de transmitir um contrato a um parente em primeiro grau

- fortalecimento dos procedimentos já existentes para casos de divisão de propriedades herdadas

- retirada gradual das despesas com a casa no irs

- reavaliação do valor patrimonial de imóveis

- redução das isenções temporárias do imi: os proprietários vão pagar mais imposto a partir de julho. a isenção do imi, que actualmente varia entre os quatro e os oito anos, será “consideravelmente reduzida até ao final de 2011"

- reequilíbrio gradual da tributação sobre imóveis (imt vai baixar na compra de casa)

- flexibilização das regras para realização de obras de reabilitação

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