no contexto da crise atual, se cada empregado sofresse uma redução de horário e, proporcionalmente, de salário, o país teria menos desemprego e os trabalhadores ganhariam tempo para o lazer e família. o repto é lançado por jon c. messenger e naj ghosheh, autores do livro work sharing during the great recession, uma obra publicada pelo organização internacional do trabalho (oit)
no entanto, os números mais recentes mostram que o problema de países como portugal não reside no horário. segundo a ocde, os empregados a tempo inteiro em portugal trabalham uma média de 42,3 horas por semana, contra 41,2 horas na alemanha e 40,2 na finlândia. se o filtro utilizado for o dos trabalhadores a tempo parcial, os portugueses trabalham 15 horas por semana, contra 15,6 na alemanha e 16,7 na finlândia. ou seja, em portugal, se os trabalhadores perdessem horas de trabalho, a contratação poderia acelerar e alguns a tempo parcial poderiam melhorar a sua situação
o resultado visível, escreve o site dinheiro vivo, é que a alemanha tem actualmente uma taxa de desemprego de 5,4%, a finlândia de 8,2% e portugal de 17,8% (eurostat). tanto a alemanha como a finlândia têm produtividades por hora trabalhada acima da média, enquanto portugal se situa 35,6% abaixo da média da união europeia
o estudo da ocde cita o caso português que recua a 1996, altura em que a semana normal de trabalho passou de 44 para 40 horas, sem qualquer perda salarial. o efeito líquido na criação de emprego foi de 5% no primeiro ano e de 3% no segundo
a alemanha foi dos primeiros estados europeus a acordar para o problema da preservação do emprego, logo no início da crise. “os problemas financeiros de alguns estados da união europeia, nomeadamente da grécia, itália, espanha e oortugal, já para não falar da crise do imobiliário nos eua, estão a afetar a Alemanha indiretamente”, referem os autores, citados pelo dinheiro vivo
o livro refere o programa alemão de emprego, conhecido como kurzarbeit, que salvou aproximadamente 400 mil empregos, envolveu cerca de 1,4 milhões de trabalhadores no pico da crise, em maio de 2009
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