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bancos têm mais de 3,5 mil milhões de euros em casas penhoradas

os portugueses estão a sentir cada vez mais dificuldades para pagar a tempo e horas a prestação da casa, sendo que a solução passa, muitas vezes, por entregar o imóvel ao banco. segundo o jornal de negócios (jdn), os maiores bancos nacionais terminaram 2011 com mais de 3,5 mil milhões de euros em casas provenientes de processos de dação em pagamento, mas também de execuções por incumprimento

de acordo com a publicação, que se apoia nos relatórios publicados pelos bancos, referentes ao último exercício, o valor inscrito na rubrica de “activos não correntes detidos para venda” disparou de 2.355 milhões, em 2010, para 3.524 milhões de euros, no final de 2011. ou seja, houve um aumento de 49,7%, sendo que a tendência foi transversal nos cinco bancos analisados: bcp, bes, bpi, cgd e santander totta

sublinhe-se que, segundo dados da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip), foram entregues aos bancos, no primeiro trimestre do ano, 2.300 imóveis em dação em pagamento, o que dá uma média de 25 casas por dia

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5 Maio 2012, 2:30

Sou senhorio de 2 apart.ºs. Recebo 610 € rendas/mês na totalidade, tendo de subtrair despesas de condomínio, conservação-manutenção, seguro, IMI, IRS, etc. Se me cortam 25% (3 meses em 12) tenho de tirar 1 dos meus 2 filhos da universidade.
A imprensa é unânime: “esta solução beneficiará os proprietários com rendimentos mais elevados”, ou com muitos prédios arrendados, sujeitos a taxas de IRS superiores a 25%, “favorecendo especialmente escalões de rendimentos superiores a 35,5%.”
Para os senhorios muito ricos será uma benesse fiscal, ao que parece à custa dos senhorios mais pobres.
Injustiça justificada, como propagandeado, com o “objectivo de igualar o tratamento fiscal destes rendimentos aos dos juros e dividendos, taxados a 25 %.” Isto, como se fossem rendimentos comparáveis: O dinheiro no banco mantém o seu valor nominal (+ juros), não se desvalorizando (não pagando despesas de condomínio, conservação-manutenção, seguro, IMI, IRS, advogado e tribunal em caso de despejo, etc.) e pode-se levantar nos prazos previamente estabelecidos; porém, os prédios arrendados desvalorizam-se e, na atual conjuntura não se conseguem vender, alguns nem a menos de metade do preço de há 6 anos atrás.
Já não subo as rendas há quatro anos, pago muito mais IMI, etc., e se quiser vender os apartamentos, só a preço de saldo e talvez nem assim !
Rendimentos desta natureza devem continuar a ser somados na declaração anual de IRS, aplicando-se à globalidade dos rendimentos a taxa correspondente, com as respectivas deduções: n.º de filhos dependentes, saúde, educação, etc.. A ideia da taxa única de 25% tratando por igual quem tem 1, 5, ou 50 fogos arrendados, é a perversão da filosofia fiscal do IRS de taxação crescente, e um profundo golpe de injustiça fiscal.
Perante tamanha instabilidade (inclusive fiscal) no sector da construção, na minha opinião pouco ou nada valerá baixar a carga fiscal ou criar incentivos fiscais aos grandes senhorios, para fomentar o mercado de arrendamento. Mas, se o Governo o decidir fazer, então que o faça sem prejudicar aqueles que fazem do arrendamento um complemento ao seu parco rendimento, ou à pensão de reforma cada vez mais baixa, distante e incerta.

5 Maio 2012, 11:31

cARISSIMO aNÓNIMO, O ARRENDAMENTO DE UM IMÓVEL É UM NEGÓCIO, LOGO TEM IMPLICITO DETERMINADO RISCO COMO SEJA RISCO DE INCUMPRIMENTO, RISCO DE FICAR VAZIO (SEM GERAR RENDA) EM ALGUNS PERÍODOS, RISCO DE DECRÉSCIMO DO VALOR DA RENDA MÉDIA NO MERCADO E TAMBÉM RISCO DO VALOR RESIDUAL DO IMOVEL (VALOR NO FINAL DO PERÍODO).
iNVESTIR EM IMÓVEIS, DEIXANDO PARA TRÁS IDEIAS ERRADAS DE QUE OS IMÓVEIS SÓ VALORIZAM, É JÁ UM TRABALHO QUE EXIGE CONHECIMENTO E DEDICAÇÃO, LOGO SERÃO OS MELHOR PREPARADOS QUE TERÃO POSSIBILIDADE DE OBTER MELHORES RESULTADOS.
QUEM TEM UNHAS É QUE TOCA GUITARRA!
UM DEPOSITO A PRAZO TEM UMA REMUNERAÇÃO FIXA CONHECIDA, NÃO TEM(?) RISCO DE PERDA DE CAPITAL MAS TEM PERDA DE VALOR EFECTIVO SE EXISTIR INFLAÇÃO.

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