Habitação acessível e arquitetura dão as mãos em Lisboa

Ao lado do Convento da Estrela, três blocos habitacionais dão lugar a 100 casas a custos acessíveis. Projeto é da MASSLAB.

MASSLAB

Redação

28 Junho 2023, 8:59

Bem no coração de Lisboa, ao lado do Convento da Estrela, três blocos habitacionais vão dar lugar a 100 novos fogos de habitação acessível, um projeto residencial que vai ao encontro das medidas previstas pelo Governo no Programa Mais Habitação, refere em comunicado o escritório de arquitetura MASSLAB, responsável pelo projeto.

Segundo a empresa, “o projeto [designado ADRO] destacou-se pela integração dos novos edifícios com a malha urbana existente entre a Avenida Infante Santo e a Rua de São Ciro no concurso público organizado pelo IHRU e pela Ordem dos Arquitetos, num total de cerca de 20.000 metros quadrados (m2) em três edifícios”. “Além de habitação, a proposta oferece ainda áreas para comércio e serviços e duas generosas praças públicas, de carácter distinto, abertas à cidade”, lê-se na nota.

A MASSLAB adianta que o projeto “apresenta uma solução bastante conseguida em termos de relação arquitetura e urbanismo, respeitando a monumentalidade da Basílica e a malha existente, considerando, no geral, uma excelente integração urbana”, segundo o júri do concurso.

MASSLAB

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O atelier de arquitetura considera que o seu projeto, além de dotar a cidade de 100 novas habitações a custos acessíveis, indo de encontro com as principais medidas do programa Mais Habitação, procura também suprir a falta de pontos de encontro nas cidades e a falta de espaço exterior das habitações.

“A partir da criação de novos espaços públicos, numa relação intrínseca entre estes espaços abertos a todos e os edifícios que os conformam, intencionalmente pretende dinamizar e valorizar a vivência urbana, favorecendo a circulação pedonal e a transparência das áreas comerciais, salientando a importância do papel das pessoas no habitar da cidade”, adianta a MASSLAB.

Os 100 fogos, de tipologias T1 a T4, “procuram adaptar-se a novas famílias, novas formas de habitar e fomentar um sentido de comunidade cada vez mais multicultural”, acrescenta a empresa, salientando a importância do projeto incorporar “princípios de design circular e de reutilização de materiais, traduzidos em modelos construtivos adequados para o programa e com sólidos argumentos de sustentabilidade credíveis e exequíveis”, tendo sido adotadas “estratégias passivas na construção do edificado e dos espaços públicos”.