Mercado de arrendamento

As limitações da oferta imobiliária e a subida dos preços nos centros das principais cidades estão a empurrar muitas famílias portuguesas para as periferias. Uma tendência que, segundo a Century 21, veio para ficar. A mediadora antecipa que os preços venham a subir de forma mais significativa nos arredores das cidades como Lisboa e Porto.

Nem comprar, nem arrendar casa. Esta é a realidade dos jovens em Portugal, que estão longe de conseguir suportar os custos de habitação. Os empregos precários, contratos irregulares, salários baixos e preços elevados estão na origem do problema, segundo a Cáritas Europa.

Há cada vez mais casas no Alojamento Local (AL) e cada vez menos no arrendamento de longa duração. Um cenário que pode ser explicado pelo aumento do preço médio de estadia por noite. E os números não mentem: três meses no AL podem render tanto ou até superar um ano inteiro de rendas.

O investimento em imobiliário comercial esteve e estará ao rubro. Quem investe? Estrangeiros de várias nacionalidades, entre eles dos Emirados Árabes Unidos. A Ares Capital, um fundo com origem no Dubai, também veio para Portugal. Compra centros comerciais e hotéis e agora quer arrendar casas a preços acessíveis.

No ano passado foram despejadas de casa 1.675 famílias, o que dá uma média de cerca de um agregado a cada cinco horas.

Mais casas e mais baratas. Onde estão essas casas? Não estão. O mercado imobiliário está a viver um drama: muita procura e pouca oferta a preços acessíveis. As poucas casas que chegam ao mercado são o resultado de reabilitações, na maior parte das vezes a preços incomportáveis. A solução? Mais apoios à reabilitação urbana e, claro, à construção nova.

A imposição de quotas para limitar o número de alojamentos locais (AL) nos centros das cidades já acolhe votos a favor do PS. Os socialistas admitiram a possibilidade de impor um travão ao excesso de casas para turistas, aproximando-se das propostas do BE e PCP, mas também do governo.

O Grupo Parlamentar do PS já aprovou o conjunto de recomendações – preparadas pela deputada independente socialista Helena Roseta – que devem integrar o projeto lei de bases de habitação a ser entregue ao Governo.

Arrendar quarto (ou casa) em Lisboa sai mais caro às carteiras dos estudantes. Quer isto dizer que viver na capital custa, em média, mais 120 euros que no Porto. A conclusão é do Relatório do Mercado de Arrendamento a Estudantes 2017, divulgado pela Uniplaces. A plataforma online revelou ainda que o número de reservas em Portugal registou um aumento de 37% ao longo do último ano.

Desequilíbrio. Esta é a palavra que melhor define aquilo que se está a passar no mercado de arrendamento em Portugal, segundo a APEMIP. O desajuste entre a oferta e a procura continua a ser uma das características deste segmento e que tenderá acentuar os problemas habitacionais do país. A oferta é escassa e, quando surge, rapidamente desaparece.

A Norfin mandatou a consultora Savills Aguirre Newman para comercializar em regime de exclusividade o Edifício Duarte Pacheco 26, em Lisboa. Trata-se de um imóvel que se destina a escritórios e que tem cerca de 7.500 metros quadrados (m2) de área bruta total, distribuídos por 13 pisos e com 81 lugares de estacionamento.

Distinguir iniciativas de natureza individual de outras de natureza empresarial no regime do Alojamento Local (AL). Esta é a principal conclusão do estudo "Novas dinâmicas urbanas do centro histórico de Lisboa", encomendado pelos presidentes das juntas de freguesia da Misericórdia e de Santa Maria Maior e São Vicente.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai disponibilizar casa a quem vive no centro histórico da cidade e já não pode pagar renda. No total serão atribuídas, através de concurso, cem habitações aos moradores que se encontrem em situação vulnerável e de perda de habitação.

Alojamento Local (AL) nas mãos dos vizinhos? O PS disse que sim, mas afinal (talvez) já não. Quer isto dizer que o partido deverá deixar cair o poder de veto dos condomínios no arrendamento de casas a turistas. Os socialistas estão à procura de “uma solução alternativa” e capaz de salvaguardar os interesses de todas as partes.

Todos os proprietários de imóveis arrendados que não emitem periodicamente recibos de renda através do Portal das Finanças têm até 31 de janeiro para entregar a declaração anual de rendas. O chamado Modelo 44 pode ser entregue em papel nos balcões das Finanças ou ser enviado pela internet através do Portal.

Continua a ser uma questão para um milhão de euros. Comprar ou arrendar casa? Uma decisão difícil e que obriga a fazer muitas (mesmo muitas) contas. Arrendar era mais barato que comprar em 2007. Passados três anos, em 2010, a equação mudava. Compensava comprar outra vez. E agora, em que ponto estamos?

Será que os vizinhos podem mesmo ter uma palavra a dizer na hora de decidir se quero ter um Alojamento Local (AL) em casa? O PS defende que sim. Uma posição polémica, que já incendiou os ânimos no Parlamento e que promete continuar a alimentar este debate. Mas a verdade é que dar esse poder aos condóminos pode vir a colocar em causa um direito essencial: o direito de propriedade.

Foram 1.775 os candidatos a concorrer aos 14 fogos disponibilizados pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), ao abrigo da 16ª edição do Programa Renda Convencionada. O valor das rendas oscila entre os 114 e os 268 euros.

O Balcão Nacional do Arrendamento (BNA) emitiu, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2017, 8.315 títulos de despejo, numa média de 138 casos por mês, sendo que os processos demoram entre três e quatro meses a ficar solucionados. Em 2017 foram realizados 1.636 despejos, menos 295 que em 2016, ano em que foram contabilizados 1.931 títulos de desocupação.

A Noruega pode mesmo ter uma bolha imobiliária ao virar da esquina. Quem deixou o alerta foi a Moody's. A agência de notação financeira revelou que o imobiliário no país é o mais sobrevalorizado entre as nações desenvolvidas, admitindo que existe um abismo enorme entre os preços de venda e de arrendamento, que começam a causar desequilíbrios no mercado.

Os senhorios com contratos de arrendamento anteriores a 1980 já podem atualizar o valor da renda em 1,12%, segundo os fatores de correção extraordinária para 2018 publicados esta quarta-feira em Diário da República.

Posições extremistas, resultados catastróficos. É assim que a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) define o conjunto de propostas políticas que começam a ser discutidas esta sexta-feira (5 de janeiro) no Parlamento. Para a ALEP, além das propostas em causa não resolverem os problemas do setor, estão a colocá-lo em risco.

É cada vez menor o número de senhorios com Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) reduzido, um benefício por serem proprietários de prédios com rendas antigas. Isto porque há muitos proprietários a falhar a entrega da declaração. Perdido um ano, perdido para sempre o benefício, de tal forma que até já há senhorios a pagar mais de IMI que a receber de rendas.

Os anos passam, mas há perguntas que, como manda a tradição, se mantêm. Pelo menos no que toca ao binómio comprar vs arrendar casa: um duelo de titãs longe de acabar. Comprar casa segue e soma pontos, não fosse este o melhor ano de sempre na venda de casas desde que há memória, ou melhor, desde de que há registos. O arrendamento também continua a dar que falar: não há oferta para tanta procura e os preços dispararam ao longo do ano. Melhores tempos virão? Talvez não. Os inquilinos já fazem contas à vida, tudo porque em 2018 as rendas... voltam a subir.