
A Dynasty Homes (DH) é um grupo internacional de investimento que se encontra na Europa (Reino Unido, França e Portugal, por exemplo), EUA e Médio Oriente, tendo aterrado no território nacional “há cerca de oito anos”, tal como conta ao idealista/news Bobby O’Reilly, cofundador e sales & marketing director da empresa. “Temos em carteira 12 projetos, que incluem a remodelação e construção de casas novas e apartamentos”, adianta, salientando que a empresa compromete-se a “construir algo que não seja apenas janelas, tijolos e um telhado, mas uma casa adequada às necessidades e requisitos da família moderna”.
“O nosso objetivo é fornecer aos clientes um produto premium que sentimos estar em falta no mercado (…). É, acima de tudo, uma nova forma de viver, uma nova abordagem de estilo de vida, onde tudo importa: a própria casa, o ambiente, as infraestruturas que a rodeiam e a sua acessibilidade, tudo de forma sustentável”, acrescenta o responsável.
Na mesma entrevista, que pode ser lida em baixo na íntegra, Bobby O’Reilly fala ainda sobre o mais recente projeto imobiliário da DH, a Herdade do Meio, na zona do Seixal – são “70 casas sustentáveis geminadas, implantadas num lote de 11 hectares” –, e garante que o grupo internacional está de pedra e cal em Portugal: “Temos em carteira investimentos na ordem dos 82 milhões de euros, entre lotes, apartamentos e prédios que já possuímos em Lisboa e na Margem Sul. Até final do ano, prevemos investir várias dezenas de milhões de euros. A previsão é continuar a investir de forma consistente nos próximos anos, desde que a situação política volte a ser mais estável”.

Fale-nos sobre a atividade da Dynasty Homes em Portugal? Quando, como e porque se deu a entrada no país?
Tenho uma relação de longa data com Portugal. Há mais de 25 anos que trabalho no mercado imobiliário português, junto de clientes internacionais. Há cerca de oito anos, com aqueles que são agora os meus sócios, vimos as possibilidades e oportunidades que existiam, e decidimos criar a Dynasty Homes.
Alguns dos fatores que foram fundamentais para esta decisão passavam por um sistema político estável – embora, agora, não tanto, pois o Governo parece não considerar a importância de uma atitude estável, com algumas recentes decisões políticas que podem levar muitos investidores a não apostar no país. Considerámos, igualmente, os fatores históricos, que começaram a amadurecer com a entrada do investimento direto estrangeiro.
"Acreditamos que Portugal e os portugueses têm muito a oferecer, através de um clima ameno quase todo o ano, o que torna o país muito atrativo para expatriados, aposentados ou famílias que se mudam em busca de uma melhor qualidade de vida (...)"
Resulta, também, de um bom sistema de saúde e um lugar agradável e seguro para viver e ter uma família ou aposentar-se. Ainda, infraestruturas modernas, que convidam grandes empresas internacionais a instalar-se e a atrair emprego especializado, e promovem boas perspetivas económicas.
Acreditamos que Portugal e os portugueses têm muito a oferecer, através de um clima ameno quase todo o ano, o que torna o país muito atrativo para expatriados, aposentados ou famílias que se mudam em busca de uma melhor qualidade de vida, com pessoas genuínas e calorosas, muitas delas fluentes em inglês, francês e espanhol, uma alimentação mediterrânica de grande qualidade e uma diversidade de paisagens que permite viajar do mar para a serra num curto espaço de tempo.
Anunciaram recentemente um projeto no Seixal com 70 moradias. Quando estará concluído e quanto custarão as casas?
O projeto é a Herdade do Meio. É composto por 70 casas sustentáveis geminadas, implantadas num lote de 11 hectares, do quais, quatro estão alocados a áreas de lazer, com campos de padel, ginásio, café, parque infantil, etc., e uma piscina de 7x3 metros quadrados (m2). As casas terão 170 m2 de área, com mais 80 m2 para garagem, o que totalizará 250 m2, cada.
Todas as habitações terão instalados 10 painéis solares e baterias de lítio, e serão equipadas com duas scooters elétricas e um carregador elétrico. Assim, a produção de eletricidade e a possibilidade de revendê-la à rede é uma grande vantagem e um fator diferenciador para o sucesso deste projeto.
"Todas as habitações [da Herdade do Meio] terão instalados 10 painéis solares e baterias de lítio, e serão equipadas com duas scooters elétricas e um carregador elétrico. Assim, a produção de eletricidade e a possibilidade de revendê-la à rede é uma grande vantagem e um fator diferenciador para o sucesso deste projeto"
Este projeto integra, igualmente, um sistema de casa inteligente. Os preços variam entre 545.000 e 650.000 euros, e deverá estar concluído no final de 2025.
A Dynasty Homes tem mais dois projetos a nascer na Margem Sul de Lisboa, na Aroeira. Que projetos são estes?
Esses projetos, que se encontram já em pipeline, serão construídos na Aroeira, uma zona muito bonita e com grande procura, pois está perto da praia, com campo de golfe e tudo aquilo que de extraordinário a Margem Sul tem para oferecer, a apenas 20 km do centro da cidade de Lisboa.
O conceito destes dois projetos é muito semelhante ao da Herdade do Meio, em termos de inovação, sustentabilidade e design. O "Aroeira I" consistirá na construção de 13 moradias geminadas, num lote de 7.800 m2, enquanto o "Aroeira 2" será constituído por oito moradias geminadas, num lote de 5.800 m2. Todas as casas serão certificadas como autossustentáveis, rodeadas pela natureza e com bons acessos às principais vias e serviços.
Há mais projetos em vista para Portugal?
Sim. Temos atualmente em carteira 12 projetos, que incluem a remodelação e construção de novas casas e apartamentos. Os nossos empreendimentos situam-se na cidade de Lisboa, em locais muito bem localizados, com boas acessibilidades aos principais serviços e transportes. Alargamos, também, a nossa área alvo para a Margem Sul do rio, com especial enfoque nas zonas de Almada e Setúbal.
Quanto prevê a Dynasty Homes investir em imobiliário em Portugal nos próximos anos?
Temos em carteira investimentos na ordem dos 82 milhões de euros, entre lotes, apartamentos e prédios que já possuímos em Lisboa e na Margem Sul. Até final do ano, prevemos investir várias dezenas de milhões de euros. A previsão é continuar a investir de forma consistente nos próximos anos, desde que a situação política volte a ser mais estável.
Muito se tem falado na necessidade de aumentar a oferta de casas para a classe média portuguesa. Os projetos da Dynasty Homes vão ao encontro desta necessidade ou são para outro tipo de segmento?
Dado o momento político e as políticas atuais, acreditamos que o mercado mais seguro para se estar é o de investidores estrangeiros e expatriados de alto nível. Simplificando, os atuais pacotes financeiros disponíveis para os mercados naturais são tão elevados e restritivos, que haverá uma repercussão negativa nos preços, não por falta de disponibilidade, mas por incapacidade de compra.
"(...) O mercado mais seguro para se estar é o de investidores estrangeiros e expatriados de alto nível. (...) A Dynasty Homes está empenhada em desenvolver casas que atendam aos requisitos dos clientes em termos de conforto, design e eficiência, porque é isso que todos merecem"
Sem uma intervenção política que ajude este mercado, vejo-o entrar em colapso e ficar à mercê de fundos abutres, como já aconteceu no passado. A Dynasty Homes está empenhada em desenvolver casas que atendam aos requisitos dos clientes em termos de conforto, design e eficiência, porque é isso que todos merecem. Por enquanto visamos valores a rondar os 500.000 euros, pois é aí que sentimos maior disponibilidade no futuro próximo.

O que distingue os projetos da Dynasty Homes dos da concorrência? O que será possível encontrar numa casa/moradia da Dynasty Homes que a diferencie das restantes no mercado?
A nossa visão, paixão, motivação, o nosso compromisso é construir algo que não seja apenas janelas, tijolos e um telhado, mas uma casa adequada às necessidades e requisitos da família moderna, que incorpore todos os recursos que promovam a habitação do futuro, mas também passível de ser atualizada de acordo com as necessidades de cada um. Além disso, acreditamos na proximidade à comunidade, pelo que queremos construir comunidades sustentáveis, com vasta oferta, através de instalações desportivas, ginásios, espaços verdes, restaurantes, supermercados, jardins de infância, etc.
"A nossa visão, paixão, motivação, o nosso compromisso é construir algo que não seja apenas janelas, tijolos e um telhado, mas uma casa adequada às necessidades e requisitos da família moderna, que incorpore todos os recursos que promovam a habitação do futuro (...)"
O nosso objetivo é fornecer aos clientes um produto premium que sentimos estar em falta no mercado, ou seja, aquele que combina o local onde as pessoas vivem, a forma como vivem e a sua interação com a própria casa, o trabalho e a família. É, acima de tudo, uma nova forma de viver, uma nova abordagem de estilo de vida, onde tudo importa: a própria casa, o ambiente, as infraestruturas que a rodeiam e a sua acessibilidade, tudo de forma sustentável.
As casas da Dynasty Homes são consideradas inteligentes, certo? O que é isto de viver numa casa inteligente?
Uma casa inteligente é uma solução transversal, que combina tecnologia de ponta, automação avançada e inteligência baseada em dados, com o objetivo de criar casas com eficiência energética, confortáveis, seguras e saudáveis.
A nossa solução gira em torno de três grandes pilares: gestão inteligente de energia, bem-estar inteligente (conforto e saúde) e segurança residencial. As soluções incluem aquecimento e arrefecimento sustentáveis, geração de energia solar fotovoltaica na cobertura, armazenamento de energia, carregamento de veículos elétricos, aparelhos de economia de energia, produtos de automação residencial, todos vinculados a uma aplicação de controlo doméstico.
"O nosso objetivo é fornecer aos clientes um produto premium que sentimos estar em falta no mercado, ou seja, aquele que combina o local onde as pessoas vivem, a forma como vivem e a sua interação com a própria casa, o trabalho e a família. É, acima de tudo, uma nova forma de viver, uma nova abordagem de estilo de vida, onde tudo importa (...)"
Com a aplicação Home Control, os proprietários podem dizer adeus às elevadas contas de eletricidade. O nosso sistema inteligente de gestão de energia otimiza o seu uso, ao controlar e monitorizar de forma inteligente todos os dispositivos e sistemas que consomem energia dentro de casa. Isso resulta numa redução significativa de custos para os proprietários, bem como numa menor pegada de carbono.
O nosso sistema inteligente de controlo de conforto também se adapta às mais variadas condições, ao otimizar a temperatura, a iluminação e a qualidade do ar. Através de uma integração perfeita de termostatos inteligentes, iluminação inteligente e sistemas de purificação de ar, criamos ambientes personalizados e mais saudáveis.
Portugal continua a ser um bom destino para se investir em imobiliário, apesar do momento mais complicado que se vive (alta inflação, custos de construção a subir etc.)? Porquê?
Portugal tem todas as condições para ser um ótimo destino para investimento. Exceto a menor estabilidade política, fundamental para oferecer garantias junto desses mesmos investidores.
De forma resumida, que opinião lhe merece o programa Mais Habitação do Governo?
Não acredito que beneficie seja quem for a longo prazo. Mas prejudica a reputação de Portugal junto de investidores internacionais. E os habitantes nacionais ficam em desvantagem, através da revogação das licenças de Alojamento Local (AL). Também não faz qualquer sentido passar a ideia de que o programa Golden Visa é uma razão para a inflação que se sente nos preços dos imóveis. Isso simplesmente não faz sentido. Num simples exercício matemático, das 180.000 habitações vendidas em cada ano, menos de 1.000 são relacionadas com o Golden Visa. No mínimo, o programa trouxe muitas centenas de milhões de euros para a economia portuguesa e criou milhares de empregos.

Para poder comentar deves entrar na tua conta