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O “boom” da reabilitação urbana
idealista/news

Falar de reabilitação urbana tornou-se normal nos últimos anos em Portugal, sobretudo nas grandes cidades, como Lisboa e Porto. Mas em 2016 a moda de reabilitar também foi notícia noutras zonas do país, como por exemplo em Vila Real de Santo António, Sintra, Coimbra e Viseu. Esta tendência, que está a dar uma nova cara às cidades e a animar o setor da construção, veio de facto para ficar, sendo um tema que fez correr muita tinta ao longo do ano passado e promete marcar a agenda no que acaba de arrancar.

Lisboa, por exemplo, está e vai continuar a estar na moda e segundo muitos especialistas do setor vai como que “renascer das cinzas”. Não acreditas? Então vê esta fotogaleria. Até final do ano foram muitas as notícias relacionadas com investimentos de reabilitação urbana na capital. Como por exemplo a transformação da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol em casas de luxo. 

Ainda sobre investimento em reabilitação urbana na capital, dizer que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai investir 25 milhões em 2017 e que o The Edge Group vai investir 53 milhões para reabilitar dois edifícios na zona ribeirinha. O “boom” da reabilitação fica comprovado com esta notícia, que dá conta da existência, em outubro, de 130 edifícios a serem reabilitados na capital

Também no Porto a reabilitação urbana esteva na ordem do dia. Pela mão de dois fundos imobiliários geridos pela Interfundos, por exemplo, vai nascer o maior projeto imobiliário da Baixa da cidade. Já a autarquia anunciou que vai investir quase 19 milhões no setor em 2017. E mais: vai reabilitar 17 prédios para habitação social no centro histórico. 

Há um milhão de edifícios degradados

Todas estas notícias comprovam que há muitos edifícios degradados e a precisar de obras em Portugal. São cerca de um milhão, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). E o Governo parece estar atento ao tema. “Não demos o salto na reabilitação urbana. Temos de o dar. O que é mesmo preciso fazer é transformar as cidades. Temos de ter cidades mais densas, o que se consegue através da reabilitação urbana”, avisou, em maio, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes. 

Antes, em março, foi apresentado o Programa Nacional de Reformas (PNR), que prevê o apoio à reabilitação de 4.000 edifícios públicos e privados e a recuperação de 3.000 m2 de espaços públicos. Um mês depois foi dado a conhecer ao público o novo Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE), que tem “rentabilidades garantidas e um risco muito, muito baixo” de insustentabilidade. Para saberes tudo sobre esta iniciativa, que prevê renovar 7.500 casas em dez anos, clica neste link

Por fim, ficámos a saber, já em dezembro, que o prometido Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU 2020) foi ativado pelo Governo, no âmbito do qual serão disponibilizados 703,2 milhões de euros de recursos públicos. Boas notícias, portanto.

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