Avalia aqui se é melhor optar pela taxa de juro variável ou fixa, num contexto de subida da Euribor e de alta inflação.
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Simular crédito habitação
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Quem está a comprar casa e precisa de financiamento bancário vai deparar-se com uma questão de fundo: num contexto de alta inflação e em que as taxas Euribor estão a subir em flecha, será melhor optar pela taxa de juro fixa ou variável no crédito habitação? Não há uma resposta única para esta questão, pelo que o melhor mesmo é simular e perceber como varia a prestação da casa a pagar ao banco em cada caso. E antever também o impacto da subida dos juros na prestação no longo prazo caso se opte pela taxa variável.

Durante os últimos cinco anos, as taxas Euribor estiveram negativas levando as taxas variáveis para mínimos históricos. E os portugueses deixaram-se levar pelas taxas de juro variáveis mais baixas e atrativas em comparação com as taxas fixas, sem colocar na balança os riscos que corriam pela volatilidade do mercado monetário e financeiro - cerca de 90% dos contratos são de taxa variável. É que quando as taxas Euribor sobem, os juros variáveis acabam também por subir tendo impactos nas prestações mensais a pagar ao banco.

E é precisamente isso que está a acontecer neste momento. O período de taxas de juro mais baixas de sempre está a acabar com a subida a galope das taxas Euribor – a Euribor a 12 meses aproxima-se de 1% e a Euribor a 6 meses está acima de 0%. Esta evolução dos mercados foi uma reação antecipada à já confirmada subida da taxa de juro diretora pelo Banco Central Europeu (BCE) em julho. Este cenário tem impacto em várias dezenas de euros nas prestações da casa dos portugueses, como explicamos aqui. E já está a criar tensão no mercado de dívida, obrigando o regulador europeu a intervir esta quarta-feira, admitindo "flexibilidade" na sua política monetária

Calcular prestação da casa
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Taxa de juro fixa ou variável: quais as diferenças?

Hoje, na hora de contratar um crédito habitação importa olhar com atenção para as opções de taxa de juro, tendo em conta o seguinte:

  • Taxa de juro variável: vai aumentar ou diminuir de acordo com as taxas Euribor a 3, 6 ou a 12 meses (depende do prazo contratado), estando, portanto, muito volátil às flutuações do mercado. Aqui as prestações da casa vão variar ao longo do contrato, podendo pagar-se mais ou menos, consoante as flutuações da Euribor;

  • Taxa de juro fixa: o juro contratado é o que fica ao longo de todo o período de pagamento de crédito, ou seja, a prestação da casa será sempre a mesma do início ao fim do empréstimo da casa não variando consoante as flutuações do mercado e da Euribor.

Atenção que a taxa fixa – como dá maior estabilidade e há ausência de risco – é superior à taxa variável, o que significa que a prestação da casa será inicialmente mais alta. Mas poderá compensar no longo prazo, no caso dos juros subirem à boleia das taxas Euribor - recorde-se que em 2008 a Euribor estava em torno dos 5%. Ou seja, a taxa fixa contratada hoje poderá ser inferior da taxa variável de amanhã.

É por isso que, segundo diz Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal afirma que “a opção de taxa fixa dá tranquilidade no momento de subida das taxas de juro, sendo a solução adequada para quem não quer estar exposto à volatilidade do mercado”. Também os bancos consideram que a taxa fixa é um porto seguro para as famílias.

Na hora de contratar um crédito habitação ou de avaliar a mudança de taxa variável para uma taxa fixa é importante simular vários cenários de juros de crédito habitação e avaliar qual é a prestação da casa que melhor se encaixa no teu orçamento familiar. E podes fazê-lo nesta ferramenta.

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1 Comentários:

Gabriel Rosa
20 Junho 2022, 22:06

E onde é que encontro essa simulação referida no título?

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