
O preço das casas em Portugal continua a subir a bom ritmo mês após mês, refletindo a alta venda de casas que tem absorvido a oferta existente. Esta é uma tendência também verificada em julho: o custo da habitação subiu 8,5% face ao mesmo mês de 2024, fixando o preço mediano a nível nacional em 2.926 euros por metro quadrado (euros/m2). Já em relação à variação trimestral, os preços das casas subiram 3,9%, revela o índice de preços do idealista. A explicar este crescimento está um conjunto de fatores, como a escassa oferta residencial, os baixos juros, condições de crédito habitação mais atrativas e os novos apoios para comprar casa destinados aos jovens (isenção de IMT a garantia pública).
Santarém e Setúbal registam maior salto dos preços das casas
O crescimento dos preços das casas à venda em julho foi observado na grande maioria das capitais de distrito (ou de regiões autónomas) analisadas, com Santarém (24%), Setúbal (20,8%) e a Guarda (18,5%) a liderarem os aumentos.
Também foi registada uma subida do custo da habitação no mercado de compra e venda em Ponta Delgada (13,1%), Évora (12,1%), Viana do Castelo (10,7%), Faro (9,6%), Braga (9,1%), Coimbra (9%), Funchal (8,6%), Porto (5,9%), Leiria (5,7%), Viseu (5,6%), Portalegre (4,3%), Castelo Branco (4,2%), Vila Real (3,9%) e em Lisboa (3,5%).
Já em Aveiro (0%), os preços das casas para comprar mantiveram-se praticamente estáveis entre julho de 2025 e o mesmo mês do ano passado. Por outro lado, em Bragança, os preços desceram 0,6%.
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: 5.829 euros/m2. Porto (3.804 euros/m2) e Funchal (3.679 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (3.264 euros/m2), Setúbal (2.920 euros/m2), Aveiro (2.554 euros/m2), Évora (2.441 euros/m2), Ponta Delgada (2.244 euros/m2), Braga (2.089 euros/m2), Coimbra (2.067 euros/m2), Viana do Castelo (2.042 euros/m2) e Leiria (1.621 euros/m2).
Por outro lado, as cidades mais económicas para adquirir habitação no país são Portalegre (871 euros/m2), Castelo Branco (906 euros/m2), Guarda (957 euros/m2), Bragança (989 euros/m2), Vila Real (1.360 euros/m2), Santarém (1.525 euros/m2) e Viseu (1.537 euros/m2).
Casas à venda mais caras na maioria dos distritos e ilhas
Analisando os distritos e ilhas com amostras representativas, salta à vista que a grande maioria viu as casas à venda a valorizar no último ano. As maiores subidas dos preços da habitação tiveram lugar na ilha de São Miguel (25%), ilha de Porto Santo (23,4%) e Beja (20,7%).
A lista de subida do custo da habitação nos distritos e ilhas segue com Santarém (17,8%), Setúbal (16,8%), Évora (16,1%), Portalegre (14,7%), Guarda (13,6%), ilha da Madeira (13,5%), ilha Terceira (12,8%), Aveiro (12,3%), Braga (11,3%), Viana do Castelo (11,1%), Faro (9,9%), Porto (9,5%), Leiria (9,4%), Viseu (8,1%), Lisboa (8,1%), ilha do Pico (7,5%), Castelo Branco (6,7%), Vila Real (5,7%) e Coimbra (4,3%).
Já na ilha de São Jorge (-2,6%) e em Bragança (-1,2%), as casas para comprar ficaram um pouco mais baratas durante esse período, revelam ainda os dados do idealista.
O ranking dos distritos e ilhas mais caras para comprar casa é liderado por Lisboa (4.451 euros/m2), seguido por Faro (3.753 euros/m2), ilha da Madeira (3.476 euros/m2), Setúbal (2.995 euros/m2), Porto (2.935 euros/m2), ilha de Porto Santo (2.882 euros/m2), ilha de São Miguel (2.230 euros/m2), Aveiro (1.915 euros/m2), Leiria (1.796 euros/m2), Braga (1.793 euros/m2), Viana do Castelo (1.553 euros/m2), Évora (1.533 euros/m2), ilha do Pico (1.519 euros/m2), Coimbra (1.473 euros/m2), ilha Terceira (1.445 euros/m2), ilha de São Jorge (1.391 euros/m2), Santarém (1.384 euros/m2) e Beja (1.318 euros/m2).
Os preços mais económicos para adquirir habitação encontram-se na Guarda (774 euros/m2), Portalegre (852 euros/m2), Bragança (880 euros/m2), Castelo Branco (910 euros/m2), Vila Real (1.065 euros/m2) e em Viseu (1.153 euros/m2).
Açores lidera subida do custo da habitação entre regiões
Nos últimos 12 meses terminados em julho, os preços das casas à venda aumentaram em todas as regiões do país. A liderar as subidas encontra-se a Região Autónoma dos Açores (19,7%), seguida pelo Alentejo (15,5%), Região Autónoma da Madeira (13,6%), Algarve (9,9%), Área Metropolitana de Lisboa (9,8%), Centro (9,2%) e Norte (9%).
A Grande Lisboa, com 4.111 euros/m2, continua a ser a região mais cara para adquirir habitação, seguida pelo Algarve (3.753 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (3.466 euros/m2) e Norte (2.441 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (1.582 euros/m2), o Alentejo (1.804 euros/m2) e a Região Autónoma dos Açores (1.874 euros/m2), que são as regiões mais baratas para comprar casa.

Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/venda/
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