Crédito malparado na Europa continua resiliente - e em Portugal recuou
O rácio de crédito malparado dos bancos europeus não se deteriorou significativamente em 2023, apesar da subida das taxas de juro, tendo Portugal registado progressos, mas apresentando ainda o segundo rácio mais elevado, segundo a Morningstar DBRS.
Numa análise, divulgada esta terça-feira (dia 16 d
Banca reduziu crédito habitação malparado em 2 mil milhões desde 2016
Continuam a soar os alarmes quanto ao risco de incumprimento do crédito habitação em Portugal, dado o contexto de elevadas taxas de juro e baixo poder de compra. Mas os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) revelam que o montante de empréstimos da casa problemáticos está em mínimos, registando cerca de 250 milhões de euros em fevereiro. Isto acontece porque os bancos têm vindo a reduzir a sua exposição a créditos habitação malparados desde a última crise financeira num montante superior a 2 mil milhões de euros.
Lagarde alerta para exposição da banca da Zona Euro ao imobiliário
A presidente do BCE enalteceu esta quinta-feira (21 de março de 2024) a resiliência da banca da Zona Euro em 2023, mas alertou para riscos que existem este ano, com mais crédito malparado e a exposição das instituições financeiras a setores vulneráveis como o imobiliário comercial.
Crédito malparado em Portugal tem uma das maiores reduções da Europa
O crédito malparado na Europa caiu 1,3% entre o verão de 2023 e o mesmo período do ano anterior. E Portugal foi um dos países europeus com melhor desempenho na redução de crédito malparado último ano. O sistema financeiro nacional contabilizou 5.600 milhões de crédito em incumprimento no terceiro trimestre de 2023, menos 22% face aos 7.200 milhões registados registados no mesmo período do ano anterior, conclui um estudo da Prime Yield. Esta redução do volume de crédito malparado no sistema financeiro português explica também o facto de haver menos ativos deste tipo à venda. Mas o mercado deverá animar em 2024
Crédito habitação malparado desceu para mínimo histórico: porquê?
As famílias têm sentido maior dificuldade em pagar as prestações da casa dos seus créditos habitação a taxa variável, tendo em conta as elevadas taxas Euribor e custo de vida. Mas nem por isso o incumprimento dos empréstimos da casa tem subido. Aliás, segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP), o malparado no crédito habitação caiu para 0,2% em dezembro de 2023, o valor mais baixo desde o início da série que remonta a 1998. A estabilidade no mercado de trabalho, a par das recomendações do regulador ajudam a explicar este mínimo histórico.
Crédito malparado em Portugal cai – mas segue exposto ao imobiliário
Os bancos em Portugal estão empenhados em reduzir ao máximo os seus empréstimos não produtivos – os chamados non-performing loans (NPL) –, sobretudo, os expostos ao imobiliário. E têm conseguido: os dados mais recentes da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa) revelam que Portugal foi o país europeu que mais conseguiu reduzir o montante de empréstimos não produtivos e também o que possui o valor mais baixo de todos. E a percentagem de créditos malparados expostos ao imobiliário diminuiu em setembro de 2023 para 3,8%. Mas, ainda assim, o nosso país é o terceiro da Europa que tem mais NPL no imobiliário.
Crédito habitação malparado sem subir – BdP passa no “teste” europeu
Os bancos portugueses estão expostos a riscos no imobiliário residencial, tendo em conta o elevado endividamento existente. Mas também estão empenhados em reduzir ao máximo os empréstimos malparados. Os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira revelam que o rácio de empréstimos não produtivos na habitação manteve-se nos 1,2% em setembro. E estes resultados só são possíveis porque o regulador português liderado por Mário Centeno tem cumprido os requisitos da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa) relativos ao acompanhamento de créditos habitação em risco de incumprimento.
Venda de crédito malparado a cair em Portugal: recua 18% em 2023
O mercado de venda de crédito malparado (ou NPL, sigla para a expressão inglesa Non-Performing Loans) deve atingir este ano em Portugal os 1.400 milhões de euros, um valor que representa uma diminuição de 18% face a 2022, segundo o estudo da Prime Yield ”Investing in NPL in Iberia 2023”. O país continua, de resto, a fazer progressos na diminuição do crédito que está em incumprimento no sistema financeiro nacional, apesar do ritmo de redução deste tipo de empréstimos estar mais lento.
Meganegócio de malparado da LX Partners já tem 3 finalistas
Há novidades sobre aquele que já é considerado o maior negócio de malparado de 2023. Trata-se da carteira de malparado avaliada em 4,2 mil milhões de euros do fundo LX Partners, juntamente com o seu servicer Algebra Capital.
BCP vende carteira de 80 milhões em malparado e imóveis
O BCP colocou no mercado uma nova carteira de ativos problemáticos com o valor contabilístico de 80 milhões de euros. O chamado “Projeto Grace” inclui cerca de 64 milhões de euros em crédito em incumprimento com garantia (‘secured’) e 15 milhões de euros de ativos imobiliários (REO).
Bancos em Portugal devem criar ‘almofada’ para malparado, avisa FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aconselha os bancos portugueses a evitar canalizar para dividendos a totalidade dos lucros, que estão a aumentar, pedindo antes reforço das reservas de capital como ‘almofada’ perante eventual aumento do malparado e das falências.
Há 4,6 mil milhões de crédito malparado à venda no mercado
Antecipando um aumento do rácio de ativos problemáticos em carteira, numa altura em que risco de incumprimento entre as famílias também cresceu, à boleia da escalada dos juros, bancos e sociedades gestoras procuram limpar malparado dos seus balanços. Caixa Geral de Depósitos (CGD), Montepio e Lx Partners têm 4,6 mil milhões à venda.
Crédito malparado a diminuir – 6.400 milhões no primeiro trimestre
No primeiro trimestre deste ano, o volume de créditos não produtivos em Portugal – um cenário financeiro também conhecido como crédito malparado ou non-performing loan (NPL) – desceu para cerca de 6.400 milhões de euros, face aos 7.800 milhões de euros verificados no ano passado. Em causa estão dados da agência de rating DBRS.
BPI vende carteira de crédito malparado no valor de 123 milhões
O BPI vendeu uma carteira de crédito malparado, cobrança duvidosa, no valor de 123 milhões de euros a uma gestora de ativos nos EUA. Segundo a instituição liderada por João Pedro Oliveira e Costa, a venda foi concluída “através de um processo competitivo”.
Meganegócio de malparado na calha por 4,2 mil milhões de euros
O mercado de crédito malparado em Portugal está mais morno em 2023. Mas poderá aquecer em breve. O fundo LX Partners decidiu colocar à venda uma carteira de malparado avaliada em 4,2 mil milhões de euros, bem como o seu servicer Algebra Capital. Este poderá ser o maior negócio de malparado fechado este ano.
Itália quer ajudar famílias a comprar créditos em incumprimento
Itália está a preparar legislação para ajudar as famílias e as pequenas empresas a comprarem empréstimos antigos que entraram em incumprimento, num contexto de subida de taxas de juro. Em concreto, o executivo italiano de extrema-direita liderado por Giorgia Meloni está a finalizar uma nov
Venda de malparado e imóveis pelo Montepio sob investigação do BdP
O Banco Montepio vendeu à CarVal Investor duas carteiras de crédito malparado e imóveis em 2015, que resultou na perda de 12 milhões de euros para a instituição financeira.
Novo Banco quer vender dívida do hotel “Titanic” de 37 milhões
Depois da venda do projeto Harvey ter caído por terra, o Novo Banco está novamente empenhado em vender as suas carteiras de crédito malparado. Mas desta vez de forma individualizada. Para já, o banco liderado por Mark Bourke quer vender a dívida de 37 milhões de euros que tem como garantia o hotel Eurostars Oasis Plaza, também conhecido como o hotel “Titanic” da Figueira da Foz.
BCE deve "redobrar esforços" para controlar risco de crédito
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) instou o Banco Central Europeu (BCE) a “redobrar os esforços” de supervisão da gestão dos riscos de crédito, nomeadamente o de não pagamento dos empréstimos, alertando para o aumento do malparado.
FMI defende reserva de capital na banca para "proteger" o imobiliário
O Fundo Monetário Internacional (FMI) sugeriu a constituição de uma reserva de capital destinada a reforçar a resiliência da banca portuguesa face aos “riscos macrofinanceiros da exposição ao setor imobiliário”. “Para reforçar a resiliência do setor bancário face aos riscos macrofinanceiros da exposição ao setor imobiliário, as autoridades portuguesas poderiam considerar a introdução gradual de uma reserva de capital de risco sistémico setorial, desde que se evitem efeitos pró-cíclicos”, lê-se no relatório da missão do FMI a Portugal ao abrigo do Artigo IV, divulgado esta terça-feira (9 de maio de 2023).
Ciclo imobiliário está a mudar na Europa com subida dos juros - como?
As dificuldades em refinanciar um edifício de escritórios em Londres (Reino Unido) ou a tensa venda do Commerzbank Tower em Frankfurt (Alemanha) são exemplos claros da mudança de ciclo no mercado imobiliário europeu, que é marcada pelas crescentes dificuldades na obtenção de crédito face à rápida subida das taxas de juro. Hoje, os investidores estão a enfrentar a maior mudança de ciclo do setor imobiliário na Europa, diz a Bloomberg. E estão também a aguardar os resultados da banca e a sua reação à possível subida do crédito malparado.
Qualidade do crédito malparado em Portugal está "estável", diz DBRS
A agência de rating DBRS atribui a perspetiva de "estável" à qualidade do crédito malparado em Portugal, o que significa que não espera uma degradação. Na análise divulgada sobre crédito malparado na Europa, a DBRS destacou o crescimento dos preços dos imóveis em Portugal, em 2022, mas considerou que há incerteza quanto à manutenção dos níveis dos preços do imobiliário este ano devido à subida das taxas de juro.
Crédito malparado em Portugal: venda de carteiras cai 40% este ano
Travão a fundo na venda de carteiras de crédito malparado (Non-Performing Loans, NPL na sigla inglesa) em Portugal. O investimento neste tipo de ativos deverá cair 40% este ano, antevendo-se que a venda de portfólios ascenda a 1,7 mil milhões de euros – as estimativas consideram transações já concluídas, ativas ou anunciadas no mercado –, bem menos que o valor registado em 2021 (três mil milhões de euros), ano em que a atividade recuperou após a travagem de 2020, quando as transações não foram além dos mil milhões de euros, refletindo o impacto da pandemia. Em causa estão dados que constam no research “Investing in NPL in Iberia”, lançado recentemente pela Prime Yield.
Queda do preço das casas ameaça estabilidade financeira, alerta CGD
O contexto atual de alta inflação e de subida das taxas de juro ameaça colocar as famílias portuguesas em situação de fragilidade. O alerta é dado pela CGD, que abre a porta a incumprimentos no pagamento das prestações bancárias, nomeadamente no crédito habitação. Também os preços das casas tenderão a cair de forma “abrupta”, refere o banco público, salientando que esta situação “poderá constituir uma ameaça para a estabilidade financeira”.
Novo Banco: não houve aumento significativo do crédito malparado
O presidente executivo do Novo Banco indicou que não houve um aumento significativo do crédito malparado perante as altas taxas de juro e a inflação e adiantou que a instituição deve atingir a meta de 5% a curto prazo.