Investimento estrangeiro

A empresa de capitais chineses Level Constellation (LC) continua a apostar forte no mercado imobiliário português, tendo iniciado a segunda fase do seu investimento em território nacional, ao comprar o edifício da Clínica de Todos os Santos, em Lisboa, para o transformar em “city-flats”.

Quase 30 anos depois de ter comprado 150 hectares de terreno para a construção de um complexo turístico de luxo em Loulé, o Grupo Pontos, um fundo finlandês, dá finalmente luz verde ao projeto: a primeira pedra do Ombria Resort recebe esta sexta-feira (25 de agosto) a primeira pedra, sendo que a abertura está prevista para 2019. É o primeiro hotel da Viceroy em Portugal. O complexo terá ainda apartamentos e moradias de luxo à venda.

Os estrangeiros que queiram investir em Portugal através do programa vistos gold têm de esperar pelo menos três meses para conseguirem ter uma reunião no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e entregaram a documentação que permite dar início ao processo. Isto depois de já terem investido no mínimo 500.000 euros na compra de um imóvel.

A advogada Maria Antónia Cameira, com escritório no último andar de uma torre das Amoreiras, em Lisboa, foi detida esta terça-feira (dia 11) na sua casa em Cascais no âmbito de um processo em que fez seis vítimas, chineses e sul-africanos, que foram burlados em cinco milhões de euros na sequência de atribuição de vistos gold.

A primeira Feira de Investimento Imobiliário e de Turismo no Reino Unido dedicada a Portugal realiza-se em Londres em outubro, em paralelo com um evento de negócios para empresas que querem expandir-se para o mercado britânico. O evento vai procurar investidores do Reino Unido e de outros países que usem a capital britânica como centro de negócios.

O fundo de investimento saudita MEFIC Capital e a gestora inglesa de ativos imobiliários Round Hill Capital vão investir 100 milhões de euros num projeto imobiliário em Paranhos, no Porto. O mesmo prevê a construção de residências para estudantes, apartamentos, um hotel, comércio e escritórios.

Será um dos edifícios mais altos de Lisboa, com 80 metros de altura e 26 pisos acima do solo, e terá ao todo 34.200 m2. Falamos da Infinity Tower, uma torre que vai nascer em Lisboa, junto às Twin Towers, em Campolide. Este é o mais recente projeto habitacional de Claude Berda, o magnata francês que está a investir em imobiliário em Portugal.

França, Reino Unido, Brasil e Dubai. O mercado imobiliário português vai ser divulgado, através de ações específicas, nestes quatro mercados. Em causa está o projeto “Houses of Portugal, Value & Style”, dinamizado pela Associação portuguesa dos Materiais de Construção (APCMC) e pela Associação portuguesa Empresas de Mediação imobiliária em Portugal (APEMIP).

O mercado imobiliário português está ao rubro e perspetiva-se um ano de recordes, nomeadamente no que diz respeito ao investimento no setor, que em 2015 foi superior a dois mil milhões de euros e no ano passado rondou os 1,4 mil milhões. Para 2017, com praticamente um semestre passado, reina o otimismo, com vários especialistas a anteverem mais um ano de ouro.

As grandes redes imobiliárias a operar em Portugal consideram o mercado dos vistos gold estratégico, ainda que tenha um peso residual no número total de transações. As zonas de Lisboa e de Cascais são as que atualmente atraem mais este tipo de investimento, com destaque também para Sintra e Porto. Mas as empresas estão convencidas que, com as alterações implementadas pelo governo ao programa, a procura neste segmento poderá expandir-se a outras zonas do país, onde é possível ter acesso ao visto gold com um investimento menor.

O mega-projeto imobiliário do Vale do Freixo, Algarve, promovido pela United Investments Portugal, está em risco de cair. A empresa dona do Pine Cliffs e do Sheraton Cascais avisa que o investimento de 200 milhões de euros para construir um hotel, um campo de golfe, um centro de investigação com a Universidade do Algarve e um centro de empresas está em vias de ser suspenso, devido a bloqueios burocráticos.

Perante o alerta de que o investimento através dos vistos gold está a cair, devido em grande parte à burocracia, o Governo decidiu criar "uma linha azul" que visa acelerar os processos, tentando maximizar a receita do programa e travar a fuga de investidores. Desta forma, os pedidos de emissão ou renovação das Autorizações de Residência para Investimento (ARI) vão passar a ser tratados como processos prioritários até ao final deste ano.

Em 2016, o investimento direto estrangeiro no setor imobiliário português atingiu o valor recorde de 33,3 mil milhões de euros. Franceses, brasileiros e chineses foram os principais investidores e os negócios concretizaram-se sobretudo em imóveis de luxo localizados no centro de Lisboa.

A MPC Capital, uma das maiores empresas alemãs a atuar no mercado das residências universitárias e nos apartamentos de pequena dimensão, vai investir entre 50 e 100 milhões de euros em Portugal, a sua primeira experiência de internacionalização. O primeiro ativo já está comprado, no centro de Lisboa, e o objetivo é abrir também residências no Porto, nesta primeira fase, e em Coimbra, posteriormente.

O banco holandês ING concedeu um empréstimo de 40 milhões de euros à empresa de capital de risco Global Asset Capital em Portugal. O mesmo destina-se ao refinanciamento de três dos quatro edifícios de escritórios que aquela firma de investimento global norte-americana adquiriu ao fundo de pensões da EDP, em 2014.

Há cada vez mais brasileiros interessados em investir e em viver em Portugal. Nesse sentido, a Quintela e Penalva, consultora imobiliária especialista em imóveis premium para o segmento alto e médio, em parceria com a sociedade brasileira Pinheiro Neto, Advogados e a Vieira de Almeida & Associados Sociedade de Advogados, estão no Brasil a mostrar o potencial do mercado imobiliário português.

A quebra verificada na emissão de vistos gold em abril – 78 milhões de euros, menos 59% que em março e 66 milhões de euros abaixo do valor médio apurado no primeiro trimestre (144 milhões de euros) – está a fazer soar os alarmes na Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI). A entidade diz que Portugal perdeu a liderança europeia e que já está aquém da Espanha.

Os vistos gold fizeram entrar em Portugal 2,7 mil milhões de euros nos últimos cinco anos, mas os grandes clientes deste programa – designado Autorização de Residência para atividade de Investimento (ARI) – estão a fugir do país. As criticas prendem-se com atrasos na emissão e na renovação (obrigatória durante cinco anos) dos vistos, que chegam a ser de um ano.

Portugal é o quarto melhor país do mundo para investir no setor imobiliário, tendo descido um lugar face ao mês de fevereiro. Em causa está o ranking mensal do TheMoveChannel, o principal site independente de imobiliário internacional. A liderar a tabela continua Espanha, sendo que Emirados Árabes Unidos (EAU) e EUA completam o pódio, por esta ordem.