
o presidente da república aprovou esta segunda-feira a nova lei do arrendamento, que deverá entrar em vigor no final de outubro ou início de novembro. segundo uma nota publicada no site da presidência da república, cavaco silva decidiu promulgar o diploma depois de o governo ter dado publicamente garantias de que vai “assegurar a estabilidade contratual e a protecção social” dos arrendatários em situação mais vulnerável
“o presidente da república, tendo tomado conhecimento do comunicado divulgado pelo governo na passada sexta-feira, dia 27, esclarecendo vários aspectos relativos ao decreto da assembleia da república que procede à revisão do regime jurídico do arrendamento urbano - nomeadamente quanto à garantia de que será assegurada a estabilidade contratual e a protecção social dos arrendatários em situação de maior vulnerabilidade -, decidiu promulgar como lei o referido diploma", lê-se no comunicado do palácio de belém
de acordo com o diário económico, a lei agora promulgada prevê, entre outras coisas, a actualização das rendas mais antigas, incidindo nos contratos celebrados antes de 1990, sendo que os senhorios já vão poder actualizar as respectivas rendas a partir de novembro
reacções à promulgação da lei
romão lavadinho, presidente da associação de inquilinos lisbonenses (ail), lamentou a promulgação da lei, considerando que vai empurrar “as pessoas para debaixo das pontes”. “o que podemos fazer é lamentar profundamente a promulgação desta lei, porque na audição que tivemos com o senhor presidente da república ele mostrou-se muito preocupado com os mais carenciados, muito preocupado com os aspectos de inconstitucionalidade no que diz respeito aos contratos anteriores a 1990, e depois não passou à prática a preocupação que tinha”, disse, citado pela agência lusa
o responsável frisou que cavaco silva “aprovou uma lei que o governo quer levar à prática” e que a ail considera “a lei dos despejos”. “a ser aplicada tal como está, sem alterações significativas no que diz respeito ao apoio aos mais carenciados, terá como resultado que as pessoas irão para debaixo das pontes", porque muitas não têm como pagar os valores que serão pedidos como rendas, explicou
uma onda de críticas, de resto, que sobe de tom entre os partidos da oposição. o ps defendeu que a nova lei é “gasolina para a fogueira” da “conflitualidade social”, o pcp considerou que é “uma verdadeira lei dos despejos” e o be diz que cavaco silva "virou as costas aos mais desprotegidos”
“esta é uma lei que responsabiliza só o governo e a maioria que o apoia, porque o ps fez quatro propostas para alteração a essa proposta de lei que, no nosso entendimento, melhorariam significativamente a lei e evitariam uma grande conflitualidade social que a aplicação da lei irá trazer”, referiu o vice-presidente da bancada do ps, mota andrade
o pcp, através do deputado paulo sá, considerou que o diploma é “uma verdadeira lei dos despejos” e que “o governo, com a sua propaganda, tem tentado passar a ideia de que os idosos e os carenciados serão protegidos por esta lei”, o que “é falso”. “o presidente da república ao promulgar esta lei tornar-se efectivamente co-responsável pelas suas consequências extremamente negativas”, afirmou
já o bloco de esquerda refere que cavaco silva prestou um “mau serviço ao país” e que “virou as costas aos mais desprotegidos”. para o deputado pedro filipe soares, a promulgação da lei “encerra uma filosofia que não se enquadra na defesa do direito à habitação”
proprietários saúdam nova lei
no entender de luís menezes leitão, presidente da associação lisbonense de proprietários (alp), a promulgação da nova lei do arrendamento é “um passo na direcção certa”, embora seja “um passo muito tímido”. “a alp foi recebida pelo presidente da república, a quem teve ocasião de apelar para que promulgasse a lei do arrendamento, porque apesar das muitas críticas que lhe têm sido feitas é muito melhor que a lei existente”, frisou
de acordo com o responsável, a nova lei das rendas “representa um passo na direcção certa, ainda que um passo muito tímido, por enquanto”. “mas esperamos que seja o primeiro dos passos necessários para acabar com o congelamento de rendas em portugal, que já dura há mais de 100 anos. neste sentido, congratulamo-nos por esse passo ter sido dado e por a lei ter sido promulgada”, salientou menezes leitão
4 Comentários:
Esta lei ,enferma em muitos aspectos:Além de permitir a aplicação de rendas elevadas ,para quem não as pode pagar, ainda tem como agravante que todos os inquilinos que não tenham 65 anos e, que não sejam deficientes profundos, se as casas que presentemente habitam, necessitarem de obras profundas ou demolição são despejados ,sem casa de substituição e, muitos menos poder regressar à anterior.
será que o Presidente da républica vai querer ver as centenas de pessoas , acampadas na sua porta, da segurança social, das câmaras municipais!!!!!!!
Será que estas instituições têm habitação para todos desalojados??????
É bom que que se faça alterações na lei antes de ela ser publicada, comtemplando este caso e, outros que são a preocupação de todos inquilinos que têm contratos celebrados com mais de quarenta anos .
Esta lei ,enferma em muitos aspectos:Além de permitir a aplicação de rendas elevadas ,para quem não as pode pagar, ainda tem como agravante que todos os inquilinos que não tenham 65 anos e, que não sejam deficientes profundos, se as casas que presentemente habitam, necessitarem de obras profundas ou demolição são despejados ,sem casa de substituição e, muitos menos poder regressar à anterior.
será que o Presidente da républica vai querer ver as centenas de pessoas , acampadas na sua porta, da segurança social, das câmaras municipais!!!!!!!
Será que estas instituições têm habitação para todos desalojados??????
É bom que que se faça alterações na lei antes de ela ser publicada, comtemplando este caso e, outros que são a preocupação de todos inquilinos que têm contratos celebrados com mais de quarenta anos .
estou sem saber o que fazer com esta lei vivo numa casa à ,35,anos sempre paguei o que me pediram acontece que nunca fizeram nada pela casa sempre quem fez foi eu ,agora gastei muito dinheiro na casa ela está outra vez muito mal então que posso fazer e tem outra coisa porque razão o senhorio nunca ponha no recibo o que pagava ficou sempre como era...agora isto onde vai dar por favor ganho ,650€ minha esposa não ganha e agora vão me por na rua com uma casa bem velha arranjei sem nunca receber nada e agora vou para rua ou será que pagar uma renda de uns ,150,€ por favor
O Dr.Romão Lavadinho, nas suas tiradas comunistas, não é imparcial! Há situações muito diferentes. Se há quem fez um contrato e não pode pagar mais, não paga e está correcto. Fez um contrato. há que cumpri-lo. Mas veja-se que não é justo uma pessoa idosa viver sózinha numa casa com oito divisões e pagar uns 20 euros de renda, quando há casais, com filhos a viver muito perto do despejo. Tais idosos podem e devem compartilhar a casa e pagar mais renda. Mas a lei do Inquilinato estava desiquilibrada, obrigava o senhorio a sustentar durante décadas familias, Muitas delas com um bom nivel de vida, tais como 2ª.residência, carros de luxo etc etc. o "esperto" portugues tem a mania das grandezas e quer viver à rica mesmo, que seja à custa alheia. Em espanha, as familias perante a crise, sacrificam a sua privacidade e partilham casa para não ter de entregar as casas aos bancos e quem tem casas alugadas e não pode pagar aluga também quartos. Isto é a verdadeira fraternidade, quando estão todos dentro do mesmo "barco".
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