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Nasceu em junho de 1980, pelas mãos de Valentim Costa, na região do Algarve. É a imobiliária mais antiga a sul do Tejo e a quarta mais antiga do país, e já ultrapassou “várias fases da economia e situaçãos de retração na atividade”. A Urbinvest, que já está há 40 anos no terreno, partilhou com o idealista/news, na rubrica “Diários de mediadores em casa”, como está a enfrentar a pandemia, desde a organização das equipas até à concretização de negócios, e como prepara o regresso "à normalidade” agora que o Estado de Emergência foi levantado. Garante, de resto, que os “potenciais compradores continuam ativos e motivados”.

“O nosso principal objetivo é hoje, como sempre foi, a total satisfação dos nossos clientes e com eles atingir metas e concluir sempre o melhor negócio para ambas as partes envolvidas. Para desempenhar esta função da melhor forma possível, continuamos a trabalhar arduamente, a inovar e a evoluir. E é na base da evolução que decidimos apostar nas novas tecnologias com uma imagem forte, moderna e dinâmica e desta forma chegar a novos mercados que surgem, que são cada vez mais longínquos mas com muito potencial e aproveitar assim todas as oportunidades de negócio”, começa por explicar o diretor geral da imobiliária.

A reação à pandemia e o regresso à “normalidade”

Antes da pandemia, conta, o dia a dia do consultor da Urbinvest começava pela presença num dos 4 escritórios, onde este dava “seguimento às oportunidades de venda ou angariação que lhe eram atribuídas pela  coordenadora geral ou pelo diretor”. Seguidamente, “fazia a gestão dos clientes em carteira, agendando visitas com compradores e proprietários, coordenando as mesmas com outros colegas na Urbinvest ou ainda com outras mediadoras com as quais temos parcerias”. Semanalmente, às terças feiras, tem ainda lugar uma reunião geral onde são analisados os resultados da semana anterior, introdução a novas angariações, ações de marketing e formação especfica sobre a atividade.

No dia 13 de março de 2020 decidiram encerrar voluntariamente todos os escritórios e locais de atendimento da Urbinvest, ainda antes do Estado de Emergência ter sido decretado, a 18 de março. Durante esse período, explica, todos os consultores começaram a trabalhar desde casa, um cenário que veio alterar e limitar as rotinas do dia a dia, mas também impulsionar novas formas de comunicar. Valentim Costa adianta que “embora existam várias ferramentas de streaming”, decidiram-se “de um modo prático e simplificado pela utilização do WhatsApp”. “Tem sido a nossa ‘ferramenta’ preferida para contactar com os clientes ou mesmo para uma vídeo chamada entre um pequeno grupo”, afirma.

Urbinvest: como é que esta imobiliária nascida há 40 anos prepara o regresso “à normalidade”
Valentim Costa, Diretor Geral da Urbinvest Urbinvest

Adianta ainda que “desde há muito tempo que usam várias ferramentas tecnológicas”, algo que “ajudou bastante à adaptação nesta pandemia”. “Os nossos clientes são contactados quase sempre por telefone, vídeochamada, email ou ainda pela divulgação através das redes sociais. As visitas virtuais através de vídeochamada já faziam parte da nossa interação com os clientes, o que faz cada vez mais sentido”, detalha.

De uma forma geral, diz, “todas as visitas foram reagendadas e estão pendentes das novas  diretrizes do Governo e  da Direção Geral da Saúde após o levantamento do Estado de Emergência e da existência de condições e segurança sanitária para todos os envolvidos”.

Adianta, aliás, que já começaram a agendar visitas para maio e junho, na eventual “necessidade extrema de visitar o imóvel”, tendo sempre em vista o cumprimento das normas e regras da DGS que passam, neste caso, “pelo úso de máscara ou viseira por parte dos colaboradores e clientes”.

“Como atualmente estamos a qualificar compradores e agendar visitas, o resultado desse trabalho só poderá ser contabilizado quando pudermos efetivar essas mesmas visitas. A compra de um imóvel é algo que carece de uma visita pessoal para analisar os detalhes que não podem ser feitos por vídeochamada, trata-se de um investimento de valor elevado que deve ser devidamente ponderado”, defende o diretor geral da Urbinvest. Conta ainda, de resto, que existiam negócios pendentes e em curso que estão a ser concluídos.

As regras para a visita aos imóveis

Valentim Costa admite que “a mobilidade dos clientes e visita aos imóveis constitui a maior dificuldade à atividade, assim como a óbvia quebra e ‘adiamento’ de faturação”, mas acredita que esta situação é temporária, “uma vez que os potenciais compradores estão ativos e continuam a manifestar intenção de concretizar negócio”.

O responsável refere que a partir do dia 20 de abril de 2020 verificou-se um “aumento gradual na procura e pedidos de visita” que, como já explicou, foram reagendados para o período pós-Estado de Emergência. Frisa, aliás, “os potenciais compradores continuam ativos e motivados”.

A preparação do imóvel para visita, diz, “é mais do que nunca um fator de extrema importância, pelo que a abertura do imóvel, criação de condições arejamento, desinfeção de pontos contacto deve ser uma prioridade”. “Pede-se aos clientes que usem mascára ou viseira, evitem e não toquem em quaisquer objetos, assim como respeitem a distância de segurança. Para os nossos clientes, na Urbinvest temos disponível um kit de visita constituído por 2 máscaras  e 2 pares de luvas”, refere Valentim Costa.

As oportunidades de negócio

Pelas características do mercado no Algarve, nomeadamente, habitação própria e 2ª habitação/férias, o responsável da Urbiinvest está convicto que o mercado de imóveis para habitação própria, terá uma recuperação mais dinâmica que o mercado da 2ª habitação/férias, “uma vez que este implica deslocações nacionais ou internacionais, neste caso, e até a uma abertura acentuada das viagens aéreas, será notória alguma diminuição no volume de negócios. Acredita, porém, “que o bom desempenho nacional durante a pandemia, contribua  para reforçar mais uma vez que Portugal é o melhor pais para viver e fazer investimento”.

Não deixa de frisar, contudo, que de uma forma geral “o ano de 2020  será um ano ‘negativo’ em termos económicos, não só para o imobiliário, mas para quase todos os  setores da atividade nacional”.

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