
Está há 20 anos no mercado, desde sempre focada no segmento alto e de luxo. Com a chegada da pandemia, a Exclusive Lisbon teve de reorganizar-se rapidamente e, a trabalhar desde casa, decidiu dar continuidade à aposta forte numa "nova linha de comunicação e imagem e no marketing digital”, aumentando, por exemplo, a “produção de conteúdos em vídeo” para “alimentar” as suas redes digitais. Na rubrica “Diários de mediadores em casa”, contou ao idealista/news como está gerir os tempos de incerteza provocados pela Covid-19.
“O mercado imobiliário antes desta crise já estava a registar uma diminuição da procura originada quer pelo preço elevado dos imóveis, quer pela indefinição das medidas aprovadas pelo Governo para condicionar a atribuição dos vistos gold nas principais zonas metropolitanas”, começa por dizer Nuno Silva, CEO da Exclusive Lisbon, que, perante um “mercado expectante” e de “muitas incertezas”, face ao contexto provocado pelo novo coronavírus, não deixa de olhar o imobiliário como um “dos investimentos mais seguros”.
“Existem como é natural muitas incertezas, pois o caráter global desta crise sanitária arrasta um conjunto de consequências difíceis de prever quer na sociedade, quer na especificidade das várias economias, e a verdade é que muita da responsabilidade futura da recuperação estará nas mãos dos governos e instituições financeiras”, diz, frisando mais uma vez que, dependendo da velocidade da normalização, “a confiança dos consumidores/investidores irá aumentar, começando o investimento nos bens que inspiram maior confiança e menor risco, como é o imobiliário”.
Reagir à Covid-19 com a aposta na digitalização
Nuno Silva cedo percebeu que “todas as atividades se iriam canalizar no digital e no teletrabalho”, tendo por isso implementado um modelo operacional de forma a manter “a atividade com o mínimo de impacto e salvaguardando a saúde de todos”. Garante que até ao término do Estado de Emergência irão seguir “rigorosamente as determinações de confinamento nas residências”, mantendo-se a partir daí as “rotinas de contacto com clientes, prospeção/angariação e tratamento de ‘leads’ que, felizmente continuam a chegar”.
A imobiliária decidiu ainda, “dentro do que tinha sido determinado para o ano de 2020”, dar continuidade à “aposta forte numa nova linha de comunicação e imagem no marketing digital”, aumentando “a produção de conteúdos em vídeo” que não só alimentam os portais em que está presente, mas também as “redes digitais”. “Quando surgiu a crise, tínhamos já em execução toda uma estratégia de marketing digital, iniciada em fevereiro e que se mantém em curso”, refere o CEO.
Estão também a “aproveitar o momento”, diz o responsável, para consolidar a posição nas redes sociais, interagindo com os utilizadores. “Sendo um momento em que estão mais horas nas redes sociais, é o momento para lhes fazermos companhia neste momento difícil através de conteúdos positivos e sugestivos, edar algum conforto emocional. Afinal, como se diz o ‘imobiliário é um negócio de pessoas para pessoas’”, explica.
“Continuamos também a apostar fortemente no mercado nacional prime e nos investidores estrangeiros particulares e institucionais, que continuam em contacto connosco, fruto de um investimento em participação em feiras no exterior feitas nos últimos anos”, declara ainda Nuno Silva.
Para já, e perante a “desaceleração é evidente, transversal a todo o mercado”, congratula-se com o facto do “imobiliário continuar a ser encarado como um investimento com baixa taxa de risco”, algo que faz como que “dentro do segmento ‘corporate’ as intenções de investimento se mantenham”, e continuem a fazer negócio.
As oportunidades de negócio e o futuro
Para Nuno Silva “continuam a existir excelentes oportunidades”. “Para além de Portugal ser hoje reconhecido internacionalmente como um dos melhores países para investir, esta situação da pandemia veio reforçar que somos um país seguro, onde as instituições têm capacidade de dar respostas rápidas em cenários complicados”, refere.
Acredita que nas áreas de armazenamento, distribuição, logística e serviços, "o interesse será grande, da parte de investidores institucionais estrangeiros”, e que na área residencial, “mantendo-se Portugal numa linha rápida de recuperação da pandemia”, poderá ser possível “captar mais uma vez mais as atenções internacionais, como até a Forbes referiu num seu artigo recente”.
“Esperamos que a economia nacional dê condições para que os portugueses possam também realizar os seus sonhos e opções de investimento no imobiliário”, conclui.
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