
comprar casa é cada vez mais difícil para quem tem de contrair um crédito à habitação, já que os “spreads” não param de subir – chegam quase aos 8%. a tendência passa por optar pelo mercado de arrendamento, que é, aliás, uma das medidas prevista no memorando de entendimento da “troika”. em declarações ao jornal i, joão fernandes, economista da associação portuguesa para a defesa dos consumidores (deco), aconselhou os potenciais compradores de casa a não terem “spreads” superiores a 3% ou 4%. “a médio prazo é inevitável que a euribor também suba. quando isso acontecer, o empréstimo pode ficar incomportável”, disse
ao mesmo tempo, os bancos estão a apertar cada vez mais na concessão de crédito à habitação. “só as famílias que oferecem menor risco é que estão a conseguir financiamento e, mesmo assim, não mais que 70% ou 80% do valor do imóvel”, referiu o economista
já paulo santos, analista da corretora xtb, frisou que o “mercado imobiliário ficará ainda mais fraco e que os preços descerão, em especial nas zonas não consolidadas, na periferia das grandes cidades – onde houve muita construção, que ainda nem foi ocupada”
o responsável adiantou, em declarações ao jornal i, que o mercado de arrendamento tenderá a ter um volume de transacções maior: “ao nível de preços é difícil fazer estimativas, porque uma maior procura irá corresponder também a uma maior oferta de fogos, nomeadamente vindos do parque de imóveis desocupados ou que foram comprados já com o intuito de arrendar. é o caso dos que vêm de execuções fiscais ou de devedores em dificuldade”
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