
Dinamismo e resiliência são termos que têm caracterizado o setor da construção e do imobiliário em Portugal nos últimos anos. Ultrapassada uma “tempestade” chamada pandemia, surgiram em 2023 novas “batalhas”: à guerra na Ucrânia juntou-se o conflito no Médio Oriente e o Banco Central Europeu (BCE) continuou a subir as taxas de juro diretoras para travar a escalada da inflação. E deu resultados, já que a subida dos preços desacelerou estimulando o regulador europeu a deixar os juros inalterados (mas altos) na reta final do ano. Internamente, o programa Mais Habitação do Governo – entretanto demissionário – foi apresentado e entrou em vigor, tendo causado muita polémica, devido a medidas que contemplam, por exemplo, o fim dos vistos gold, a suspensão de novas licenças de Alojamento Local (AL) e o arrendamento forçado de casas devolutas.
Perante tudo isto, e estando Portugal a passar por uma crise habitacional, a venda de casas no país recuou 18,9% no verão de 2023 em termos homólogos, tendo-se verificado um abrandamento da subida dos preços das casas para 7,6% entre julho e setembro – o menor aumento desde o início de 2021. Também as rendas medianas começam a dar sinal de arrefecimento nos preços: subiram 10,5% no verão de 2023 face ao mesmo período do ano passado e foram selados menos contratos de arrendamento, mas face ao trimestre anterior houve uma ligeira descida das rendas e um aumento dos contratos.
Vivem-se tempos conturbados e de incerteza e os desafios são constantes, mas será esta uma corrida que tem a linha de meta à vista? Preparámos um conjunto de artigos que visam ajudar a perceber melhor que comportamento teve o setor em 2023 e o que esperar de 2024. Foram vários os temas que deram que falar e que passamos agora em revista, de forma a tirar lições e/ou ilações que podem ajudar a resistir e até a triunfar em 2024. Ora vê:
- Diversificar e resistir: a receita dos investidores imobiliários em 2023
- Decoração, arquitetura e saúde: viver em casas que nos fazem felizes
- Mais Habitação: uma polémica herança deixada pelo Governo de Costa
- Venda de casas em Portugal caiu em 2023 – subida do preço desacelerou
- Fim dos vistos gold e RNH gera preocupação sem afastar estrangeiros
- Portugal precisa de construir mais casas – e a preços “adequados”
- Exigência e (muitos) desafios: mediação imobiliária posta à prova
- Casas para arrendar escassas e mais caras em 2023 – e há novos apoios
- Alojamento Local no olho do furacão: Governo aperta o cerco ao negócio
- Euribor e prestação da casa escalam em 2023 - e reta final traz alívio
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