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Dois grandes projetos residenciais, que colocarão no mercado mais de 200 apartamentos de luxo, vão nascer em Lisboa muito perto do Marquês de Pombal. O edifício SottoMayor Residências, na Avenida Duque de Loulé, e o Convento de Santa Joana, perto do Hospital Santa Marta, serão os primeiros grandes condomínios a surgir no centro da capital.

O edifício onde em tempos funcionou o carismático Maxime, o número 58 da Praça da Alegria, em Lisboa, vai ser um hotel com 70 quartos. A abertura está prevista para o próximo ano e a nova unidade hoteleira será construída após um investimento de 7,5 milhões de euros, confirmou ao idealista/news António Gonçalves, administrador do Grupo Hotéis Real, detido pelo Grupo Bernardino Gomes.

Uma das casas de luxo onde vive Pinto da Costa, comprada por 1,2 milhões de euros em 2014, foi agora arrestada por ordem judicial. O presidente do clube de futebol do Porto é proprietário das moradias 1 e 2 no empreendimento Villas do Parque, no coração do Parque da Cidade do Porto, mas os imóveis ainda não foram escriturados e estão em nome do construtor, Domus 2000, que responde agora por uma dívida de 816 mil euros.

A pouco mais de duas semanas do referendo, as sondagens dão como certa uma vitória do ‘Brexit’: a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Mas tudo indica que o mercado imobiliário português será imune a esse processo: os britânicos, que historicamente estão entre os principais investidores internacionais no mercado imobiliário nacional, irão continuar a olhar para Portugal da mesma forma, antecipam os especialistas ouvidos pelo idealista/news.

Durante 36 anos, entre 1968 e 2004, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) esteve sediada na Praça da Alegria nº 25, Lisboa. Um edifício de “grande simbologia para a instituição”, como se lê no site da FPF, que foi vendido no final do ano passado por 4,2 milhões de euros. O idealista/news sabe que o novo proprietário do imóvel é um promotor holandês e que vai nascer no local um projeto residencial.

“Passámos a ser um país credível. Temos segurança, bom clima, luz, simpatia, beleza…”. Segundo Pedro Lancastre, managing director da consultora JLL Portugal, Lisboa vive um momento único que tem de continuar a ser aproveitado, sobretudo para atrair investidores estrangeiros. Estes representam agora “só” 60% dos compradores – contra 40% de portugueses –, quando há dois anos o seu peso rondava os 80%.

As casas de luxo vão deixar de pagar o imposto do selo anual de 1% a que estão atualmente obrigadas e passam a estar sujeitas a novas taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que serão mais elevadas consoante o seu Valor Patrimonial Tributário (VPT).

O novo empreendimento Bica dos Olhos, um projeto habitacional que nasce na tradicional e histórica zona da Bica, está em fase de conclusão, tendo o edifício onde se encontra sido alvo de uma profunda reabilitação. O luxuoso condomínio terá 15 apartamentos – tipologias T0+1 a T3 – que custam entre 250.000 e 750.000 euros. Este é um dos primeiros projetos desenvolvidos pela Almaria, a nova marca de reabilitação urbana de Lisboa.

A zona do Marquês de Pombal, em Lisboa, terá o seu primeiro projeto de referência em termos de oferta residencial. Em causa está a reabilitação dos edifícios que compõem o empreendimento Sottomayor Residências, na Avenida Duque de Loulé, que estará concluída no final de 2017.

Os contribuintes com casas de luxo têm um bónus fiscal no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Trata-se de um benefício concedido através da aplicação do chamado Coeficiente de Ajustamento de Áreas (CAJ) – introduzido em 2007 –, que reduz de forma apreciável a área bruta de construção para efeito do cálculo do Valor Patrimonial Tributário (VPT) e consequentemente o IMI a pagar pelo proprietário.

A reabilitação urbana continuou a dar que falar em 2015. Um tema que começou a estar na ordem do dia anos antes e que voltou a ser notícia nos últimos 12 meses. E se em fevereiro a CPCI considerava que continuava a não existir no país um mercado de reabilitação urbana, em setembro, a AICCOPN dizia que “a reabilitação assume uma nova fase para o setor”.

O investimento estrangeiro tem sido como um balão de oxigénio para o setor imobiliário, que parece estar em franca recuperação, após alguns anos de crise profunda. Ingleses, americanos, chineses e, mais recentemente, franceses são os estrangeiros que mais têm investido.

A venda da Quinta do Lago, um resort de luxo no Algarve, foi suspensa. O empresário Denis O’Brien pedia 220 milhões de euros pela propriedade, mas como não houve propostas “à altura” do valor solicitado pelo multimilionário irlandês a venda ficou sem efeito.

O preço médio de venda de casas de luxo em Lisboa desceu 2% no segundo trimestre face ao mesmo período do ano passado. No período em causa, entre abril e junho deste ano, os imóveis de luxo na capital foram vendidos em média por 3.887 euros por m2.

Os edifícios centenários Rodrigo da Fonseca (RF) 15 e Rosa Araújo (RA) 55, localizados nas ruas com os mesmos nomes – na zona de influência da Avenida da Liberdade –, vão ser reabilitados e transformados em projetos habitacionais de luxo. Em causa estão 36 apartamentos (21 no RF e 15 no RA), sendo que a comercialização está a cargo da JLL.