Investimento estrangeiro

Uma comitiva russa está a visitar diversos locais em Portugal, em particular os territórios geridos pela Baía do Tejo (BT), entre eles os que integram a Lisbon South Bay, com o objetivo de analisar possíveis investimentos no país.

O mercado imobiliário comercial português deverá continuar atrativo para os investidores estrangeiros. A consultora Worx prevê, aliás, um novo recorde de investimento para este ano, que deverá ultrapassar a fasquia dos 2.000 milhões de euros.

A criação de uma “indústria” de REIT (Real Estate Investment Trust) em Portugal poderia assumir uma dimensão de 10.000 a 15.000 milhões de euros, ou seja, movimentar mais que o quádruplo do valor de investimento imobiliário comercial captado no mercado nacional em 2017.

Portugal tem lítio e quer promovê-lo. O secretário de Estado da Energia foi até ao Canadá para participar na Cimeira de Ministros Internacionais de Minas, que reúne mais de 3.800 investidores presentes em 130 países. O objetivo é atrair investidores estrangeiros para "potenciar a produção de baterias" através do lítio.

O mercado português de investimento imobiliário está a viver um bom momento. Mas será suficientemente competitivo, do ponto de vista fiscal, quando comparado com outros países? A resposta é clara: em Portugal tributa-se de mais. A instabilidade legislativa também pode condicionar o investimento. Em cima da mesa está a criação das Sociedades de Investimento em Património Imobiliário (SIPI), um tipo de veículo já existente noutros países.

Os franceses continuam no topo da lista dos estrangeiros que mais investem no imobiliário em Portugal: representam 29% do total. Ainda assim, o investimento brasileiro está a crescer, e já representa cerca de 19% da compra de casas por parte cidadãos internacionais. Em Lisboa e Porto, porém, os brasileiros já ultrapassam os franceses, com uma representatividade de 24% e 27%, respetivamente.

Portugal está na moda e há cada vez mais empresas estrangeiras interessadas em operar fisicamente no país. Depois da Google, a alemã Devexperts escolheu Portugal para instalar um centro de investigação e desenvolvimento. Mas o investimento de grandes empresas internacionais no país não irá ficar por aqui.

Um catamaran, 50 profissionais do imobiliário e um objetivo: explorar os terrenos dos três projetos que integram a Lisbon South Bay. Reunidas as condições para mais uma APPII Networking TRIP, era chegada a hora de partir, e desta feita com destino aos terrenos da Baía do Tejo (BT), para descobrir a futura Cidade da Água (Margueira, antiga Lisnave) e os Parques Empresariais do Barreiro e Seixal. Sérgio Saraiva, administrador da BT, frisou a importância de “conectar pessoas, empresas e entidades aos territórios”.

Destino para investir, morar, trabalhar, estudar ou visitar. Portugal continuará na mira dos investidores? Sem dúvida. 2017 foi um ano recorde, com o investimento em imobiliário comercial a atingir os 1,9 mil milhões de euros, mas os números vão seguir a passo acelerado. As estimativas “mais prudentes” da JLL apontam para um crescimento na ordem dos 25% em 2018, o equivalente a 2,5 mil milhões, mas poderá chegar aos três mil milhões, ou seja, um crescimento de 50%.

Um grupo liderado pela Union de Partenaires pour l’Investissement (UPI), uma promotora imobiliária francesa focada na reabilitação de edifícios residenciais do segmento alto em Paris, comprou um terreno de 20.000 metros quadrados (m2) no Parque das Nações, em Lisboa.

A Baía do Tejo, empresa estatal do universo Parpública, esteve em Moscovo (Rússia), na semana passada, a apresentar os seus territórios, nomeadamente os que pertencem à denominada Lisbon South Bay. A participação na feira de imobiliário International Property Show de Moscovo foi um sucesso: “[Há] grande interesse da comunidade empresarial russa” e foi estabelecido um protocolo entre as partes, adiantou a empresa.

Há cada vez mais promotores imobiliários espanhóis a investir em Portugal. Primeiro as notícias sobre a Via Célere, uma companhia imobiliária especializada na promoção, desenvolvimento e gestão de ativos residenciais que decidiu investir em território português, e logo depois sobre o Andbank España, que lançou um veículo de investimento imobiliário para fazer o mesmo.

Portugal, mais precisamente Cantanhede, Coimbra, vai ser o novo destino de produção de canábis da norte-americana Tilray. A empresa, que se dedica ao negócio medicinal, decidiu desenvolver ali o seu novo projeto, num investimento de 20 milhões de euros, devido ao clima favorável do país à produção desta planta, bem como aos trabalhadores altamente qualificados na área da biotecnologia existentes em Portugal.