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Portugal, um país de “eternos” proprietários

O mercado de arrendamento está a ganhar adeptos em Portugal, um país onde a “cultura do proprietário” está bem vincada. Esta é, no entanto, uma tendência que pode a mudar, até porque assiste-se a uma diminuição dos pedidos de crédito à habitação. Ainda assim, esta é uma excelente altura para investir no setor imobiliário, alertam os responsáveis das principais mediadoras a atuar em Portugal.

“Nos últimos tempos temos assistido ao crescimento do arrendamento, que se deverá manter. Teremos, a médio prazo, um mercado que será composto pelas duas realidades”, adiantou Miguel Poisson, diretor-geral da ERA, ao Jornal i. Já Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, disse acreditar que a “tendência de ter casa própria volta a ganhar força”.

Para Ricardo Sousa, administrador da Century 21, o excesso de proprietários existentes no País deve-se à facilidade na obtenção de empréstimos verificada no passado: “Esta predominância deve-se aos excessos cometidos pelos operadores de mercado que nos levaram a passar de uma taxa de proprietários que nos anos 1990 rondava os 60%, para os quase 80% registados nos dias de hoje, mas também ao aumento da concessão de crédito para habitação. Em 20 anos, o crédito à habitação cresceu seis vezes mais que o rendimento disponível”. Segundo o responsável, dos quatro milhões de proprietários existentes é natural que cerca de 300 mil famílias se tornem inquilinas nos próximos anos.

Certo, e apesar de haver uma cada vez maior procura de casas para arrendar, esta e uma boa altura para comprar casa. “Este é o melhor momento para investir no imobiliário. Nunca é nos picos do mercado ou no fundo do ciclo que se fazem os grandes negócios. Estamos claramente na ‘zona segura de investimento’: as excelentes oportunidades de imóveis da banca, as taxas de juros historicamente baixas, proprietários com urgência em vender as casas, uma forte procura no arrendamento e os valores atuais dos imóveis fazem deste um excelente momento para investir na aquisição de um imóvel”, explicou Ricardo Sousa.

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23 Novembro 2013, 10:22

Infelizmente estas notícias são muito requentadas. Na realidade a desertificação global do país por dezenas de milhares de jovens (principais destinatários do arrendamento) está a transformar o mercado dos imóveis para arrendamento num autêntico pântano.
Quem se der ao trabalho de andar de nariz no ar por essas ruas da capital e envolventes vai ver dezenas ou mesmo centenas de «ARRENDA-SE ou ALUGA-SE» pendurados das janelas.
O mercado do arrendamento foi chão que já deu uvas. Hoje só dá parra e lixo.

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