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É o passo final que falta dar para que se concretize a compra do negócio imobiliário do antigo Banif em Portugal pela Altamira: luz verde da operação pelos reguladores. E a Autoridade da Concorrência acaba de ser notificada pela Proteus - sociedade dependente do banco Santander e do fundo Apollo - da sua intenção em ficar com a Gestão de Créditos e Ativos Imobiliários da Oitante. Depois disso, falta o "sim" da CMVM e do Banco de Portugal.
Foi a 9 de agosto de 2007 que os mercados se aperceberam dos riscos que os créditos hipotecários “subprime” nos EUA representavam para o sistema económico e financeiro mundial. Ou seja, há dez anos o mundo começou a perceber as implicações da concessão de empréstimos hipotecários de alto risco nos EUA. Estes tinham juros elevados e eram destinados a clientes que não ofereciam garantias suficientes para beneficiar de taxas de juros normais.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vendeu 476 milhões de euros em crédito malparado ao fundo de private equity norte-americano Bain Capital Credit. O mesmo fundo adquiriu ainda outros 489 milhões de euros em empréstimos do banco espanhol Ibercaja.
Os bancos europeus, nomeadamente os alemães e os holandeses, estão a sondar promotores imobiliários em Portugal, oferecendo financiamento para novos projetos, até agora parados por falta de crédito. Os bancos estão a ser atraídos pelo “boom” do mercado e pelos spreads mais altos.
A Altamira Asset Management, detida em 85% pelo fundo Apollo e em 15% do Santander, acaba de comprar a unidade de negócio responsável pela gestão dos ativos imobiliários e da carteira de crédito da Oitante - a entidade que ficou a gerir os ativos tóxicos do Banif, após a compra do banco por parte do
O primeiro-ministro, António Costa, considera que, "no conjunto do sistema financeiro, [o Montepio] é um problema conciso, bastante limitado" e garante estar "tranquilo" com os produtos do banco que são supervisionados.
A melhoria do mercado de trabalho, a par da descida da Euribor e do programa de regularização de situações de incumprimento, fizeram com que o malparado no crédito à habitação tenha atingido no final de 2016 o valor mais baixo desde 2010.
A solução para o problema do crédito mal parado - que está a gerar constrangimentos no sistema financeiro nacional, bem como na atividade das empresas e na economia, de uma forma global - , está para breve. A garantia foi dada pelo próprio primeiro-ministro.
Os bancos em Portugal continuam a ter uma grande dor de cabeça com o imobiliário, apontado como um dos principais culpados dos ativos problemáticos que têm vindo a penalizar a saúde do sistema financeiro nacional.
Numa trajetória de claro e consecutivo crescimento, ao longo dos últimos quatro anos, a concessão de empréstimos para a compra de casa atingiu em 2016 o volume mais alto desde o estalar da crise em 2010. Nesse ano os bancos tinham dado mais de dez mil milhões de euros em crédito à habitação e no ano passado concederam cerca de 5.790 milhões, o que corresponde a um aumento de 44,28% face aos 4.013 milhões de euros de 2014, segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal.
O processo de venda do Novo Banco tem sido dificultado pelas perdas que o banco poderá ter de assumir, decorrentes de ativos problemáticos e processos judiciais em curso, e que nem potenciais compradores nem o Estado querem suportar.
Os portugueses parecem ter cravado no ADN a vontade de serem proprietários da casa onde vivem e, em 2016, a banca voltou a facilitar-lhes a vida, estando mais disponível para dar mais crédito à habitação e em condições favoráveis. Mas o cenário de Euribor negativas - favorável para as famílias com empréstimo, mas desvantajoso para o setor financeiro - veio mudar o negócio das hipotecas. Em vez das tradicionais taxas variáveis, os bancos agora querem fazer contratos com taxas fixas.
A banca está preocupada com a fatura fiscal mais agravada que terá de começar a pagar em 2017 sobre os imóveis de habitação que tem em carteira, devido às novas regras do adicional sobre o IMI. Mas o Governo entende que os bancos têm de ser tratados "como qualquer outro proprietário" e que o património imobiliário que o setor financeiro herdou na crise, com o crédito malparado, "não é responsabilidade do Estado".
Sob fogo cruzado com Bruxelas para conseguir meter as contas públicas em ordem, o Governo de António Costa apresentou no Parlamento uma proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) que tem o imobiliário no centro das atenções. Em causa está, por exemplo, o polémico imposto adicional ao IMI, cuja receita fiscal visa estabilizar a Segurança Social. Mas não só. O documento, que vai ser sujeito a votação final no dia 29 de novembro de 2016, terá impacto direto em quem vive e faz negócios em Portugal e traz novidades a vários níveis, como por exemplo no IRS.
Os bancos portugueses estão entre os maiores proprietários do país, devido à herança de casas de clientes que entraram em incumprimento no crédito à habitação e imóveis de empresas falidas. O novo imposto que acresce ao IMI é, por isso, uma grande preocupação para o setor da banca, que estima estar entre quem vai pagar das maiores faturas dos 160 milhões de euros que o Governo quer encaixar com a nova tributação.
O crédito malparado é um problema crítico para a banca e a economia nacional e a ComissãoEuropeia e o Banco Central Europeu (BCE) têm vindo a reclamar uma solução com urgência. Como resposta, o Governo de António Costa preparou um plano com três eixos que visa, exatamente, combater o elevado rácio de créditos não produtivos (NPL) no balanço dos bancos a operar em Portugal, que já está em Bruxelas.
A banca portuguesa tem 4.000 milhões de euros de excesso de liquidez, ou seja, tem dinheiro parado que vai muito além das reservas mínimas exigidas pelo Banco Central Europeu (BCE). Equivale a 2% do PIB, um montante significativo que não chega à economia real. A Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera que a procura de crédito é escassa e grande parte da que existe comporta um risco elevado.
A confirmação chega pela voz do primeiro-ministro: "É provável que no próximo ano haja também outra tributação indireta". António Costa admite ainda, que no âmbito do Orçamento do Estado para 2017, irá ser contemplada a "tributação do património imobiliário de luxo".
O regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação está em vias de ser alterado, estando o Governo a trabalhar na flexibilização dos requisitos de forma a que mais famílias possam beneficar dos apoios. No período mais agudo da crise, mais de 196 mil famílias tiveram em atraso as prestações do empréstimo da casa, sendo que em junho o malparado abrangia um universo de 146 mil agregados familiares.
Quase metade do investimento feito em Portugal vem da construção, que é precisamente o setor com o valor mais elevado de crédito malparado. Entre as empresas de construção, mais de um em cada três euros da dívida (um terço) está em incumprimento (35,6%).