Escritórios

O imobiliário continua e continuará a ser uma tendência. A estar na moda e a ultrapassar expectativas. Mas e quais são as perspetivas para 2018? São boas. Mas só dizer boas não chega. Disrupção, inovação e flexibilidade. Estas foram algumas das palavras mais ouvidas durante a conferência da CBRE sobre as “Tendências do Imobiliário para 2018”. E há uma tendência que salta à vista. Falamos do Flexible Office Space, ou como quem diz, dos Escritórios Flexíveis.

A empresa espanhola Gesvalt, especializada em consultoria e avaliação de ativos imobiliários, industriais e financeiros – opera em Portugal há mais de cinco anos através de uma aliança estratégica –, reforçou a sua presença em território nacional, com a abertura de uma estrutura própria no país.

Nos primeiros sete meses de 2017, até ao final de julho, foram tomados 87.316 metros quadrados (m²) de escritórios no mercado de Lisboa, com o nível de atividade a manter-se ligeiramente acima (2%) do registado em igual período de 2016, apurou o Office Flashpoint da JLL. Havendo registo de apenas duas transações envolvendo espaços superiores a 1.000 m² - ambas no Edifício Pórtico – a área média por operação fixou-se nos 462 m² em julho, baixando face aos 634 m² registados em junho.

A registar um "take-up" total de 33.784 metros quadrados (m2), no segundo trimestre de 2017, o mercado de escritórios demonstra uma continuidade de uma boa performance no primeiro semestre do ano. Entre os meses de janeiro e junho foram ocupados 77.425 m2 de espaços de escritórios em Lisboa. Face ao período homólogo de 2016, a variação foi praticamente inexistente (decréscimo residual de 1,4%).

"Agilizar os processos de licenciamento" destinados a novos escritórios. Este é o objetivo da Câmara Municipal de Lisboa (CML) ao anunciar a criação de uma unidade específica para o efeito, em parceria com o setor privado. O presidente da autarquia, Fernando Medina, justifica a iniciativa, que estará operacional só no próximo mandato, com o facto de existir "na cidade de Lisboa uma procura muito forte de equipamentos por escritórios", em particular "por novos escritórios de grande dimensão".

A seguradora AXA Assistance mudou de escritórios, ocupando agora uma área de 1.500 m2 nos pisos 5, 6 e 7 do Edifício Libersil, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. O forte crescimento da empresa motivou a necessidade de mudança, sendo que o negócio foi mediado pela consultora imobiliária CBRE, que foi responsável pela procura, negociação e identificação da melhor solução imobiliária.

O mercado de escritórios em Lisboa está ao rubro. Entre janeiro e maio, as empresas ocuparam 64.757 m2 de escritórios na capital, mais 26% que nos primeiros cinco meses do ano passado. Foram concluídas ao todo 108 operações, com a área média transacionada a fixar-se nos 600 m2. Em causa estão dados que constam num relatório da consultora imobiliária JLL.

A Boavista e a Baixa são as localizações do Porto com as rendas médias de oferta mais elevadas para espaços empresariais. Em março, arrendar um escritório nestas duas zonas custou em média 12,3 euros por m2 por mês e 11 euros por m2 por mês, respetivamente. Já arrendar um armazém na Baixa custou em média 6,4 euros por m2 por mês – não foi possível identificar o stock de armazéns disponíveis na zona da Boavista.